Focado exclusivamente na disputa da Série A do Campeonato Brasileiro, o Paraná Clube sabe da dificuldade que terá pela frente para conseguir se manter na elite do futebol nacional. Permanecer na primeira divisão, além de aliviar o sentimento de desconfiança do torcedor paranista, será essencial também para os cofres do clube. Somente assim o Tricolor seguirá, nos bastidores, mantendo os pagamentos do ato trabalhista em dia.
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O presidente Leonardo Oliveira, que na quarta-feira (28) veio a público para esclarecer a polêmica remuneração de R$ 25 mil que recebe para ser o administrador judicial do ato trabalhista, não escondeu a necessidade de o clube fazer uma boa campanha no Brasileirão para conseguir manter as finanças em ordem. O mandatário afirmou que quanto mais edições da Série A o Tricolor disputar, mais rápido conseguirá pagar os R$ 19 milhões que tem de dívidas atualmente.
“A participação do clube na Série A nos próximos anos vai determinar o prazo que levará para quitar as dívidas. Quanto mais edições de Série A estiver participando, mais rápido será a quitação. Se o clube continuar sendo administrado da forma que está, com certeza não permanecerá nunca mais de dez anos na Série B, como aconteceu”, garantiu o presidente.
No entanto, Leonardo Oliveira jogou limpo com o torcedor. Permanecer na Série A do ano que vem será tarefa complicada para o Paraná Clube. O dirigente atribuiu a disparidade financeira entre os clubes que disputam a primeira divisão como a causa principal de uma possível queda à Série B.
“O clube pode até ter participações na Série B. Tem que ficar claro para o nosso associado e para o torcedor. Isso pela disparidade financeiro que o futebol apresenta hoje. Alguns campeonatos estaduais não são melhores que o Paranaense e tem verba de televisão de R$ 35 milhões, enquanto o nosso recebe R$ 6 milhões. A verba distribuída aponta total diferença para a preparação do Brasileiro e 20% é encaminhada para a Justiça do Trabalho”, contou ele.
Mesmo com uma receita de televisão bem maior do que a dos últimos anos, o Paraná Clube ainda receberá bem menos do que a maioria dos times que vão disputar o Brasileirão. Por isso, a fórmula é simples: continuar fazendo mais com menos para que o Tricolor siga na elite do futebol nacional.
“Vamos fazer o que estamos fazendo: com menos fazer mais. Precisamos continuar fazendo para permanecer na Série A de 2019. Os contratos de televisão mudam a partir do ano que vem e a disparidade deve diminuir muito, principalmente entre os clubes que não têm as maiores torcidas do país. Permanecer na Série A em 2019 será importantíssimo, mas, caso não seja possível, precisamos retornar o mais rápido possível para garantir o pagamento da dívida do Paraná”, reforçou Oliveira.