Nova filosofia

Por alinhamento de ideais, Paraná renegocia contratos e libera descontentes

Fora da realidade financeira do Tricolor, Válber não deve ficar em 2017. Foto: Albari Rosa

O Paraná tem implementado uma nova política de valorização de jogadores dentro de seu departamento de futebol. No melhor estilo “não está feliz, segue teu caminho” o novo diretor Rodrigo Pastana tem renegociado alguns contratos e liberado jogadores que não se enquadram nas novas diretrizes que pretende aplicar no Tricolor.

Por este motivo, alguns atletas não tiveram seus contratos renovados e outros podem seguir o mesmo caminho. Além desta questão mais filosófica, o Paraná estipulou um teto salarial e os jogadores que não se enquadrarem e não aceitarem um novo acordo, também devem ser liberados.

A prática tem feito com que jogadores com contrato em vigor sejam liberados sem ônus para nenhuma das partes. O primeiro dos titulares que deve participar desta espécie de “Programa de Demissão Voluntária” é o meia Valber. O jogador tem contrato até o final da próxima temporada, mas não está nos planos do técnico Wagner Lopes e pode rescindir amigavelmente, ou mesmo ser emprestado para outro clube.

Os goleiros Wendell Péricles e Murilo Prates seguiram mesmo rumo de Valber. Apesar de ainda terem contrato, chegaram a um acordo para buscarem outras oportunidades. O estilo calmo e conciliador do novo diretor tem ajudado a detectar quem está disposto a comprar a ideia paranista e identificar quem está comprometido com a causa.

Outro titular que não fica para 2017 é o lateral-direito/zagueiro Leandro Silva. O jogador foi um dos que mais atuou como titular neste ano, mas não houve acordo entre o clube e seus representantes. “Ele não vai ficar. Até havia interesse por parte do Paraná, afinal ele foi um dos poucos titulares absolutos do time e seria incoerente não haver interesse. Mas conversamos e não houve acordo para continuidade”, explicou o empresário Marcelo Lipatin.

Henrique, que fez uma ótima Série B em 2015, voltou ao Atlético-MG e retornou ao Paraná em 2016, também não fica. O jogador já se apresentou ao Novo Horizontino para disputa do Paulistão. “Foi bom para o Paraná, pois com a saída dele também alivia um pouco a folha salarial”, disse o empresário Hélcio

Alisk, representante do jogador e ex-diretor do próprio Tricolor.

O destino de jogadores como Lúcio Flávio e Alisson ainda é incerto. Marcos, goleiro veterano, deve renovar, embora ainda não tenha assinado. O jogador recebeu a promessa de que seu vínculo será ampliado em mais um ano. Em 2017 o goleiro completa 41 anos de idade.

O Paraná ainda tenta manter o meia Nadson. O jogador conseguiu na Justiça do Trabalho sua rescisão de contrato alegando atrasos salariais e de direito de imagem. Embora a defesa do jogador refute um acordo, os advogados do Tricolor e o próprio Pastana negociam uma composição para que a ação seja retirada e o jogador ou permaneça, ou seja emprestado para outra equipe.

A reportagem tentou contato com Pastana para esmiuçar as novas políticas do departamento de futebol paranista, mas não foi encontrado.

 

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