Anunciado como novo técnico do Paraná Clube no início da noite de domingo (25), Roberto Fernandes voltará ao futebol paranaense para, além de conseguir tirar o Tricolor da parte debaixo da classificação da Série B, também marcar uma passagem com melhores resultados pelo Estado do Paraná. Em 2008, quando comandou o Atlético, o treinador teve um aproveitamento muito ruim e foi demitido do Furacão depois de 15 partidas no clube.
Naquele ano, depois de assumir o time atleticano em maio, o treinador, em 15 partidas, conseguiu apenas três vitórias, quatro empates e foi derrotado em oito oportunidades, totalizando aproveitamento pífio de 28%. Ele deixou o Furacão, na oportunidade, dentro da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e sua demissão aconteceu depois da derrota por 3×0 para o Botafogo, em plena Arena da Baixada.
Mas a passagem dele pelo Furacão não foi construída apenas pelos resultados ruins dentro de campo. O treinador, sempre polêmico nas suas declarações, ficou marcado por frases de efeito e entrevistas sempre surpreendentes. A falta de resultados positivos fez o comandante passar a criticar publicamente o elenco rubro-negro.
Depois de uma derrota por 1×0 para o Sport, em Recife, no dia 24 de julho, Roberto Fernandes criticou o time atleticano e afirmou, em entrevista, que faltou testosterona aos jogadores naquela partida. Na Arena, após um empate em 1×1 diante do Internacional, o técnico declarou que estava roendo osso por não poder contar com todos os jogadores do elenco.
“Num curto espaço de tempo vamos ter o elenco todo à disposição. Mas nesse momento, eu desafio. Pode trazer qualquer um. Mas é nesse momento, que eu estou roendo o osso. Agora, chegar para comer o filé daqui a um mês é uma teta, quando o Rafael Moura estiver regularizado, Fernando, Kelly, Netinho, Júlio César, aí é bom “, disse ele, na ocasião.
No Paraná Clube, Roberto Fernandes deverá encontrar as mesmas dificuldades, uma vez que o Tricolor não conta com um elenco muito numeroso e vem sofrendo, recentemente, com seguidas baixas na sua equipe. O novo comandante paranista, que estava no Confiança na disputa da Série C do Brasileiro, está mais maduro e, há pouco tempo, buscou aperfeiçoar seus conhecimentos com passagens e visitas por clubes da Europa.
Seu desafio, agora, será tirar o Paraná de vez da parte debaixo da classificação da Série B e, quem sabe, já iniciar um planejamento para a temporada de 2017. Isto porque, o Tricolor, muito longe do G4, tem remotas chances de conseguir o acesso.