Depois de 30 dias no comando do Paraná Clube, o novo presidente, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, que assumiu o cargo após a renúncia de Rubens Bohlen, determinou as funções de quase todos os integrantes do grupo ‘Paranistas do Bem’ na diretoria do clube.
Dos 10 membros originais do grupo, 6 assumem funções administrativas e 4 ainda seguem sem cargo no Tricolor. Desse quarteto, o nome que mais chama a atenção é o de João Luiz Carvalho, o João Quitéria, ex-presidente da torcida organizada Fúria Independente. Idealizador do movimento que derrubou Bohlen, Quitéria ainda não tem posição definida no novo organograma paranista, segundo o vice-presidente do clube, Aldo Coser. Logo após a saída de Bohlen, foi cogitado que ele assumiria uma função na administração, que é sua formação. Porém, agora ele deve ser alocado no departamento de futebol, como uma espécie de assessor de Durval Lara Ribeiro, o Vavá, diretor responsável pelo futebol ao lado de Waldomiro Gayer Neto.
As primeiras medidas da nova dupla responsável pelo futebol paranista foram a contratação do ex-volante Fernando Miguel, na função de supervisor e olheiro, e de Edson Neguinho, que estava no Rio Branco, como novo gerente de futebol, responsável pelo contato entre o grupo de jogadores e a diretoria. Este, aliás, é o único dos integrantes da nova direção que mantém contato direto com o elenco.
Outro dos cabeças do levante que tirou Bohlen do poder, Carlos Werner, gestor das categorias de base desde março de 2014 e que havia se retirado da função no início do ano, volta a ficar responsável pela base. Ele contará com o auxílio de Osman Luiz Tomasi, parceiro comercial de Werner, que fará parte da gestão da formação paranista.
Ex-braço-direito de Werner no Ninho da Gralha, Leonardo Oliveira agora vai trabalhar no setor administrativo do clube, na função de superintendente, auxiliando o presidente. Luiz Ricardo Berleze, por sua vez, que renunciou ao cargo de vice-presidente jurídico após o fortalecimento do Paranistas do Bem, está de volta ao escritório na sede da Kennedy.
Fora do organograma oficial do clube estão o ex-presidente Aquilino Romani, o vereador Tiago Gevert e o empresário Renê Bernardi. No entanto, o trio terá a incumbência de auxiliar o presidente, além de participar da busca pelo dinheiro que promete ser investido pelo grupo até o fim do ano — R$ 4 milhões, divididos em R$ 400 mil mensais.