A possível renúncia do presidente Rubens Bohlen, que deve ser confirmada na tarde desta terça-feira (24), não significa o retorno automático do grupo Paranistas do Bem – que oferecia aporte de R$ 4 milhões em troca da renúncia do mandatário – à vida política do clube.
Bohlen terá um encontro ainda na tarde desta terça-feira com Oliveiros Machado, vice-presidente do Conselho Deliberativo tricolor, para anunciar sua decisão. Caso opte pela renúncia, o vice-presidente Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, assume a presidência até setembro, quando serão convocadas novas eleições.
“O nosso prazo para assumir era outro. Nesse tempo que passou, perdemos algumas oportunidades de negócios, situações que estavam a nosso favor e que já podem ter mudado. Até onde sei, o projeto foi oficialmente retirado e o grupo desmobilizado, não tive muito mais contato com os demais integrantes”, garante Leonardo Oliveira, um dos articuladores do grupo opositor a Bohlen.
“Vamos ter de esperar também a decisão do Casinha, porque se o Bohlen sair é ele quem assume. Aí vai caber a ele buscar a solução. Se ele quiser que nosso grupo volte, vai caber a ele articular isso. Até porque não sabemos se ele já não tem outros projetos em andamento. Temos de esperar”, prossegue Oliveira.
O empresário Carlos Werner, um dos líderes do Paranistas do Bem, também garante ter sido pego de surpresa com a possível mudança de postura de Bohlen. Para o empresário, o desgaste político que envolveu todo este processo fez com que o grupo perdesse aliados importantes.
“Devido a esta política retrógrada podemos ter perdido nomes importantes a nosso favor. Caberá ao Leonardo Oliveira e ao João Quitéra [vice-presidente da organizada Fúria Independente e membro do Paranistas do Bem] tentar reorganizar a parte menos ofendida do grupo”, diz Werner que, no entanto, se coloca à disposição para voltar a gerir a base do Paraná até o fim do ano.
“Se o Casinha me solicitar, termino o mandato desta diretoria ajudando a administrar a base. Não posso falar em nome de todos, este foi um projeto feito a 20 mãos. Mas tomara que possamos agir rapidamente”, complementa o empresário.
Um dos atuais vice-presidentes do Paraná, Aldo Coser confirma o cenário. “Realmente, caso o cenário de renúncia se confirme, vai ser uma das nossas metas fazer este pessoal [Paranistas do Bem] reacreditar no clube e reaproximá-los do Paraná”, diz Coser, que permanecerá no clube mesmo em caso de saída de Bohlen