Oposição Minguando

‘Paranistas do Bem’ já admitem fim do grupo com Bohlen no comando

Chegou mais um dia D. Não se sabe mais quantos dias decisivos aconteceram nos últimos meses de crise institucional do Paraná Clube. Mas hoje a tendência é de um final – pelo menos momentâneo – do movimento que tentava tirar Rubens Bohlen da presidência. A sobrevida conquistada ao pedir prazo de 30 dias para apresentar um projeto para os conselheiros pode se transformar na cartada derradeira para permanecer.

Seis dias após o presidente realizar o pedido e resistir a mais um dia de intensa pressão por sua renúncia, em reunião do Conselho Deliberativo, o grupo opositor “Paranistas do Bem”, que queria investir R$ 4 milhões no Tricolor em troca da saída do dirigente, começa a apresentar sinais de desmobilização e passa a falar em arquivamento do projeto.

O grupo definiu que esperaria até hoje para que Bohlen apresentasse uma estratégia. “Na verdade, este foi um prazo que definimos com o grupo para desmobilizar a iniciativa e arquivar o projeto”, revela Leonardo Oliveira, braço direito de Carlos Werner, um dos líderes dos “Paranistas do Bem”.

“Já perdemos tempo precioso de trabalho e situações que poderiam ser definidas a nosso favor já estão se distanciando”, prossegue Oliveira.

O presidente do Deliberativo, Rodrigo Vissotto, admite o receio que a possível desmobilização gera no clube e promete manter a pressão para que Bohlen apresente logo um projeto. “O presidente está no prazo regulamentar dele. A partir dessa semana vou iniciar conversas com ele para que a gente não aguarde esses 30 dias”, diz Vissotto.

“(A desmobilização) é o efeito, é o receio. Está na mão do presidente. Eu não descarto nada. Vou convocar uma reunião do Deliberativo na semana que vem e isso com certeza voltará à tona. Havia um pedido informal de intervenção na presidência, mas o pessoal recuou. Talvez os conselheiros voltem com este pedido. Tudo pode acontecer”, completa Vissotto.

Para Aquilino Romani, ex-presidente do clube e membro dos “Paranistas do Bem”, os acontecimentos das últimas semanas explicitam a confusão que caracterizou os três anos de mandato de Bohlen até o momento. “Se ele tiver alguma grana, algum patrocínio pra tocar, tudo bem. Mas ele teve três anos pra fazer isso e até agora nada aconteceu”, diz Romani.

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