Uma vitória com um sabor especial para o Paraná. O triunfo por 2×0 sobre o Bahia, ontem, na Vila Capanema, não só classificou o Tricolor para a terceira fase da Copa do Brasil, como também deu um ânimo ainda maior ao time, que segue 100% em casa, sem sofrer um gol sequer, e também mostrou para todo o país que está cada vez mais forte.

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Desde que o jogo, que era para ter acontecido no dia 25 de fevereiro, mas que foi adiado por um erro de planejamento do Bahia, que chegou em Curitiba no dia do duelo com metade da delegação, enquanto a outra parte ficou em São Paulo, a equipe paranista vinha sendo ‘ignorada’, tanto pela CBF, quanto pelo próprio adversário. Começando no dia do sorteio dos confrontos da terceira fase, quando Pedro Paulo Lima, supervisor técnico da Copa do Brasil, praticamente ignorou o Paraná e deu o Bahia como classificado antes mesmo de o confronto acontecer.

Uma situação que motivou o grupo. “Foi um desrespeito. Antes da partida, um representante dsa CBF falar uma coisa deixa a gente chateado. Tratamos isso com cautela, pois não iríamos jogar contra um funcionário da CBF. Teríamos que mostrar nosso valor. Então, usamos isso sim, mas não foi fundamental”, disse o técnico Wágner Lopes após a partida.

E com a bola rolando, o Tricolor realmente demonstrou que estava com o chamado ‘sangue nos olhos’. Desde o começo, os jogadores paranistas iam para cima, brigavam por todas as bolas e até por isso quase saiu na frente com seis minutos, quando Renatinho se livrou de dois marcadores na área e cruzou para Ítalo, que bateu em cima do defensor.

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O primeiro lance ter acontecido tão cedo também inflamou a torcida, que compareceu em bom número na Vila (mais de nove mil pessoas) e empurrou o Paraná o tempo todo. Um verdadeiro caldeirão em cima do Bahia, que pouco atacou e quase não levou perigo.

Se sentindo à vontade em campo, o Tricolor melhorou ainda mais no segundo tempo e abriu o placar aos cinco minutos. Em escanteio curto, Renatinho cruzou na medida para Eduardo Brock, de cabeça, mandar para o fundo das redes. O camisa 10, aliás, foi o nome da partida. Criou as melhores chances e ainda fez o segundo gol, aos 38, aproveitando a sobra da cabeçada de Ítalo na trave. A atuação só não foi perfeita porque o camisa 10 acabou expulso nos acréscimos após entrada dura.

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Mas nada que ofuscasse a atuação de todo o time, que deu uma resposta às provocações do adversário, à gafe da CBF e que aumentou ainda mais com a união com a arquibancada.

“É importante essa vitória, para nos darem valor também. Foi uma falta de respeito da CBF e dos jogadores do Bahia também. O Eduardo jogou aqui no Atlético e falou um monte. O Bahia teve uma logística toda errada e o jogo já era para ter acontecido. Agora terão que voltar para Salvador que é longe para caramba, imagina com uma derrota nas costas. É preciso respeitar o Paraná”, completou Guilherme Biteco.