Exatamente no meio da tabela da Série B do Campeonato Brasileiro, o Paraná Clube vive uma realidade dura na competição nacional. Seis pontos atrás do quarto colocado e seis de vantagem para o primeiro time da zona de rebaixamento, o time paranista terá uma sequência difícil e importante pela frente, já que encara equipes que estão próximos na classificação ou que estão brigando diretamente pelo acesso à elite.
Depois de encarar o Náutico, na Vila Capanema, que vem em ascensão depois da vitória conquistada sobre o Paysandu, em Recife, o Tricolor terá dois duelos fora de casa, contra Goiás e Luverdense. Depois, a equipe do técnico Marcelo Martelotte voltará a jogar em casa contra o CRB, que é o atual quinto colocado e segue como um dos candidatos ao acesso.
Será também uma sequência de jogos pela competição nacional que pode definir o futuro do treinador. Com apenas 39% de aproveitamento em 17 jogos realizados até agora na Série B, o treinador tem rendimento inferior ao de Claudinei Oliveira que, depois da oitava rodada, quando o Paraná perdeu justamente para o Náutico, em Recife, por 5×1, foi demitido do cargo com 41% de aproveitamento.
Na ocasião, o presidente paranista, Leonardo Oliveira, definiu a demissão do treinador e do superintendente de futebol do clube, Beto Amorim, como uma correção de rota na busca pelo acesso ainda nesta temporada. Mas a mudança não surtiu o efeito esperado. Martelotte sofreu com os mesmos problemas enfrentados por Claudinei e ainda perdeu, neste tempo em que está no clube, jogadores importantes e que eram titulares.
Marcelo Martelotte, que segue prestigiado pela diretoria paranista apesar do aproveitamento abaixo do esperado, traçou um paralelo com o desempenho do seu antecessor e ressaltou que essa condição de meio de tabela é a realidade do Tricolor na temporada. Na semana passada, inclusive, Leonardo Oliveira ressaltou as dificuldades enfrentadas pelo treinador e elogiou o trabalho desenvolvido até agora.
“Essa situação, talvez o fato de o Paraná ter o mesmo aproveitamento com o Claudinei e comigo, indique essa condição até o momento do Paraná, de disputar, com esse aproveitamento, uma situação intermediária, com seis pontos da parte de cima e seis de diferença para a parte debaixo”, admitiu o comandante paranista.
Apesar dessa situação ruim na classificação e da dificuldade de lutar pelo acesso ainda nesta temporada, Martelotte espera que o Paraná, daqui em diante, busque uma reação na Série B. O treinador ressaltou a importância de ter a semana cheia para trabalhar para iniciar, contra o Náutico, sábado, na Vila Capanema, uma reação dentro da Segunda Divisão.
“Vamos trabalhar para ter um aproveitamento melhor e seria esse aproveitamento melhor que daria a condição de brigar por outra situação. Ter a semana para trabalhar é importante neste momento. A gente não pode passar por cima das coisas e tem que ter tranquilidade para trabalhar. É um jogo dentro da nossa casa, importante e é fundamental que a gente volte a ganhar. A gente vinha de duas vitórias, veio um tropeço contra o Vila Nova e a gente tem que voltar a vencer em casa novamente para, a partir daí, iniciar uma reação”, arrematou Martelotte.