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Conheça os motivos do Paraná pra renovar contrato com Matheus Costa

Um dos pontos mais elogiados do trabalho de Matheus Costa é a gestão do grupo. Os jogadores abraçaram o técnico, e não só fisicamente. Foto: Albari Rosa

Muitas decisões precisam ser tomadas pelo Paraná Clube nesta reta final de 2019. Já em clima de férias, o Tricolor volta às atividades hoje para o jogo de sexta-feira, às 20h, contra o Botafogo-SP, pela última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. E começa a colocar na balança os prós e os contras de jogadores e comissão técnica. E aí está talvez a primeira e importante decisão paranista: manter o técnico Matheus Costa ou mudar de treinador?

A boa campanha na Segundona, com o time ocupando a sétima colocação e tendo lutado pelo acesso até a antepenúltima rodada, valorizou Matheus no mercado. O nome dele já foi ventilado em outros clubes, como Juventude (que subiu para a Série B) e principalmente a Chapecoense – que ainda luta para se manter na primeira divisão. Uma até então tranquila renovação de contrato pode ter sobressaltos. E por que seria tranquila? Porque o trabalho do treinador é muito elogiado internamente.

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A começar pelos números. Após um rebaixamento doloroso em 2018 e um Campeonato Paranaense abaixo da crítica, o Paraná fez uma boa campanha na segunda divisão. Para o torcedor, claro, é difícil entender isso quando a equipe não sobe para a Série A. Mas, sob o comando de Matheus Costa, o Tricolor venceu 14 partidas, empatou 13 e perdeu 10, com aproveitamento de 51,35%.

Quando os resultados são comparados à capacidade financeira paranista, o treinador ganha mais pontos. Com um orçamento menor do que os rivais pelo acesso (e muito menor em relação a Bragantino, Sport e Coritiba), a equipe fez frente a esses adversários, venceu e rondou o G4 da Segundona em quase toda temporada. Faltou fôlego nas últimas partidas, mas Matheus Costa e o elenco terminam o ano com salto positivo.

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Até porque os problemas internos do Paraná foram fatais na luta para voltar à primeira divisão. Já com pouca capacidade financeira para contratar, peças importantes não tinham reposição de qualidade (lateral-esquerda, atacante de velocidade, centroavante) e o clube passou a atrasar os salários. Em cima de todas essas dificuldades, a gestão de grupo do técnico é um dos pontos decisivos que apontam para a permanência.

O que pode pesar do outro lado é a falta de rendimento ofensivo. O Tricolor chega à última rodada da Série B com o quarto pior ataque do campeonato, com apenas 31 gols – e essa seca também fez diferença na briga pelo acesso. A falta de uma postura mais impositiva dentro de casa (ao todo foram nove empates em 18 jogos na Vila Capanema) irritou parte da torcida, que chegou a fazer campanha pela saída de Matheus Costa, inclusive chegando ao Conselho Deliberativo.

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Mas, na soma, o treinador foi amplamente aprovado dentro do Paraná. O presidente Leonardo Oliveira, que hoje detém o poder quase absoluto no clube, é admirador do trabalho de Matheus Costa e, por ele, a renovação sai. Resta saber se a concorrência de outros clubes pode mudar os planos do técnico e do Tricolor.

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