Um novo recomeço. Assim pode se dizer que será a temporada 2017 no Paraná Clube. Depois do fiasco que foi 2016, quando brigou até as últimas rodadas para não ser rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro, o Tricolor quer, neste ano, evitar os mesmos problemas. Para isso, adotará uma postura mais ‘pés no chão’, sem iludir os torcedores.
“Dentro de erros e acertos que aconteceram em 2016, um dos maiores erros foi ter criado falsas expectativas. Criamos algo que era maior do que podíamos alcançar, Embarcamos em um sonho que não era um planejamento e isso resultou em resultados ruins, principalmente na participação do torcedor”, admitiu o presidente Leonardo Oliveira.
Para a nova temporada que está começando, a política é quase iniciar do zero. Do elenco de 2016, mais de 20 jogadores foram embora. Até aqui, apenas 19 atletas estão à disposição do técnico Wágner Lopes, sendo que alguns deles ainda nem assinaram contrato. Pode ser que outros ainda cheguem e alguns remanescentes acabem indo embora, mas de qualquer maneira será um elenco enxuto e com poucas caras conhecidas em um primeiro momento, devido às dificuldades financeiras que o clube atravessa. Boa parte do elenco virá das categorias de base, que vem conquistando títulos. Por isso, em um primeiro momento, o pedido para a torcida é de paciência.
“Toda reestruturação precisa de paciência, de bom senso, critérios bem definidos, para não queimar etapas com os garotos e prezando pela formação de atletas inteligentes. Estou muito animado, muito otimista”, disse o técnico Wagner Lopes.
Em janeiro e fevereiro, o Paraná terá um calendário apertado, com Primeira Liga, Campeonato Paranaense e Copa do Brasil. A ideia é usar estes torneios para o time se conhecer, se ajustar e partir para o grande objetivo do clube: o acesso na Série B, que começa em maio.
“Queremos ter a Primeira Liga, o Paranaense e a Copa do Brasil como um formador, para juntar as peças, formar um time competitivo, para no Campeonato Brasileiro entrarmos com um time muito forte”, afirmou o treinador.
“Neste momento, é muito mais importante para o Paraná a reconstrução do que os resultados. Claro que vamos brigar para ter os melhores resultados possíveis, mas dentro das nossas limitações. É importante conhecer esta realidade para que as expectativas não sejam maiores que os resultados. Mas é futebol e nem sempre orçamento menor significa resultado pior”, acrescentou Leonardo Oliveira.