Dos males o menor

Paraná pouco cria contra o Joinville, mas Roberto Fernandes vê pontos positivos

Paraná teve mais trabalho na marcação, enquanto ataque produziu pouco. Foto: Carlos Jr/Estadão Conteúdo

A cada rodada que passa, a situação do Paraná fica mais preocupante. Não tanto na tabela, uma vez que os times que estão na zona de rebaixamento seguem perdendo, mas sim nas atuações. Sábado, o Tricolor foi apático e pouco produziu ao longo dos 90 minutos na derrota por 1×0 para o Joinville, na Arena Joinville.

Contra o até então vice-lanterna, o time paranista sofreu desde o início com a pressão dos donos da casa. Tanto que levou o gol logo com oito minutos, quando Fernando Viana, livre dentro da área, aproveitou cruzamento da direita e ainda contou com uma ajuda do goleiro Wendell Péricles, que não segurou a bola.

Mas o gol foi apenas um reflexo daquilo que o Paraná apresentou durante a partida. O técnico Roberto Fernandes sentiu isso e em nenhum momento se acalmou no banco de reservas. Agitado, ele cobrava muito os jogadores. Berrava, gesticulava, chamava a atenção como podia, na tentativa de corrigir os erros em campo. Mesmo assim, ele tirou pontos positivos do duelo.

“Vi coisas importantes. Nos últimos jogos fora de casa a equipe tinha levado sete gols e agora passou todo o segundo tempo sem sofrer gols mesmo com um a menos. Ninguém gosta de perder, mas temos que avaliar de uma forma geral e dos três jogos fora de casa sob o meu comando esse foi o melhor”, analisou o treinador.

Porém, o ataque deixou a desejar. Tirando dois chutes de Rafael Carioca no primeiro tempo – aliás, o lateral-esquerdo praticamente só apareceu nessas jogadas, perdendo todas na defesa -, o goleiro Jhonatan do Joinville pouco participou da partida, mesmo com o Paraná terminando o jogo com três atacantes em campo. Para Roberto Fernandes, os cinco desfalques por suspensão, além da expulsão no primeiro tempo acabaram sendo decisivos no setor ofensivo.

“É um conjunto de tudo. Apesar de eu achar que quem entrou não foi tão abaixo, mas você iniciar o jogo com um número razoável de desfalques e mais uma expulsão, tudo isso acaba prejudicando. Nesta reta final, contra equipes que lutam por algo efetivamente na tabela, pagamos por começar os 10 primeiros minutos desligados, tomando um gol bobo e passa o restante do tempo correndo atrás”, completou o comandante paranista.