O bom início de temporada do Paraná Clube, muito mais do que o trabalho mais profissional realizado pelo departamento de futebol, tem muito a ver com a forma integrada que a comissão técnica paranista tem trabalhado. Além do ótimo trabalho desenvolvido pelo técnico Wagner Lopes, a condição física de alto nível do Tricolor apesar da maratona de jogos é mérito do preparador físico do clube, Rodrigo Rezende, que voltou ao Tricolor depois sete anos e já provou que a diretoria acertou em trazê-lo novamente para comandar este setor do clube.
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Neste início de temporada, o Paraná Clube, depois de fazer 22 jogos entre Primeira Liga, Campeonato Paranaense e Copa do Brasil, sempre atuou de forma bastante intensa. Muito também pelo rodízio feito pelo técnico Wagner Lopes. Mas principalmente, segundo Rodrigo Rezende, pelo trabalho integrado realizado entre os aspectos físicos, técnicos e táticos.
“O futebol moderno, a preparação esportivo, ele reúne os componentes físicos, técnicos e táticos. Eles são trabalhados de uma forma superintegrada. Já trabalhei com vários treinadores e com o Wagner (Lopes) essa é a grande vantagem. As vezes, no treino técnico, visando um modelo de jogo, existe o componente físico sendo aprimorado, sendo trabalhado com bola. Pude desenvolver a parte física nos treinos do Wagner. O trabalho integrado é o grande segredo”, afirmou Rezende, em entrevista exclusiva à Tribuna.
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Além desse trabalho integrado, outro componente que contribuiu para o bom desempenho físico do Paraná Clube até agora foi o treinamento funcional. Foi o caminho utilizado pelo preparador físico Rodrigo Rezende para preparar os jogadores dentro da individualidade e necessidade de cada um.
“Adotamos o treino funcional como norte do nosso trabalho físico. A preparação muscular é voltada ao movimento que o atleta faz em jogo. Trabalhamos duas situações, a mobilidade e a estabilidade articular. A gente procurou inserir o método de treino funcional respeitando a individualidade de cada atleta, o que cada um precisa melhorar. Então, além dessa parte e da integração do trabalho do Wagner, o rodízio dos atletas valorizou muito o resultado em campo”, detalhou.
Nova fase
Depois de ser eliminado do Campeonato Paranaense e com o primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Atlético-MG, agendado apenas para o dia 10 de maio, o Paraná Clube fará uma intertemporada, que iniciou na quarta-feira (26). Rodrigo Rezende enalteceu a importância dessa parada para que o Tricolor volte em boas condições físicas para a continuidade da temporada.
“É muito importante ter essa parada, principalmente diante do calendário do futebol brasileiro. Vamos trabalhar, neste período, em três grandes aspectos. O primeiro já foi, que foi nessa recuperação de cinco dias que o elenco teve. O próximo é fazer o trabalho específico individualizado, pois você já conhece o grupo. Há situações distintas, principalmente com os atletas que jogaram 50% ou mais dos jogos, onde será preciso fazer um trabalho de força diferente dos demais”, prosseguiu ele.
Haverá um trabalho específico também para alguns jogadores que têm um certo desequilíbrio muscular, casos por exemplo do volante Gabriel Dias e do meia Guilherme Biteco. “São alguns atletas que têm um desequilíbrio muscular ou um histórico de lesões. Será estabelecido, então, um programa de prevenção de lesões. Vamos também, nesse período, inserir os novos contratados no nosso método, pois exige-se alguns dias de adaptação ao nosso método”, concluiu Rezende.