“Essa é a nossa cara, um time jovem, de muita luta, de muita vontade e com vontade de vencer”. Assim o atacante Bruno Cantanhede definiu o Paraná Clube, que depois de dois jogos encheu de esperança o seu torcedor. É inevitável, para um público ansioso por ver seu time do coração mostrar qualidade, que surja até uma empolgação. Mas se é apenas o início da temporada, e oscilações certamente podem acontecer, como não ficar animado com um 5×0 no Campeonato Paranaense? A goleada deste domingo (29) sobre o Foz do Iguaçu foi a melhor estreia do Tricolor em sua história nos estaduais. E com um time alterado em sete posições da equipe que já empolgara contra o Avaí quatro dias antes.
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Apenas Léo, Eduardo Brock, Igor e Ítalo começaram jogando, entre os onze que começaram no jogo da Primeira Liga. Mas o Tricolor manteve o mesmo ritmo, e principalmente o mesmo desenho tático. Uma equipe que marca forte, que tenta ocupar os setores ofensivos principalmente pelas laterais e que “encurta o campo” para pressionar o adversário. Fazendo isso, impediu que o Foz implementasse seu sistema defensivo. Isto porque logo a três minutos o Paraná abriu o placar em uma jogada treinada – espere as próximas linhas e você entenderá. Zezinho cobrou escanteio na segunda trave e Igor apareceu livre para cabecear e marcar.
O Foz ficou como um lutador batido por um quase nocaute. Não se acertou mais em campo, e o Tricolor não precisou acelerar o jogo para construir o resultado. Jogou com inteligência, e seguindo a orientação de Wagner Lopes. O treinador pediu para que seus atacantes de lado de campo, Bruno Cantanhede e Guga, se movimentassem mais, e na hora em que isso aconteceu, uma jogada entre os dois terminou no pênalti cometido por Lucas Garcia. Zezinho teve que tentar duas vezes – na cobrança, Juninho defendeu; no rebote, ele mandou para as redes.
Antes do primeiro tempo terminar, houve tempo do terceiro gol. Como avisado, jogada ensaiada no escanteio. Zezinho mandou na segunda trave, Igor desta vez cabeceou para o meio da área e Alex Santana completou. E ainda Guga quase fez o quarto acertando o travessão. O jogo estava decidido. Faltava saber qual seria o resultado.
O Foz, guerreiro, tentou pressionar no início do segundo tempo, com destaque para o meia Juninho e para o lateral-esquerdo Laécio, que obrigou Léo a salvar o Paraná. Mas a entrada de Renatinho e Diego Tavares recolocou o Tricolor no jogo, e a pá de cal foi uma incrível lambreta aplicada por Ítalo em Felipe Hereda. Na sequência do lance veio uma falta, cobrada por Renatinho na cabeça de Rayan. Eram quatro, e foram cinco com o belo passe de Jhony e o gol de Bruno Cantanhede. Cinco a zero, torcedor sorrindo, assim como o jovem time tricolor.