Depois de uma semana de esperança, a realidade bateu à porta do Paraná Clube. Ou, melhor, arrombou a porta tricolor. Numa jornada horrível, o time foi goleado pelo Náutico por 5×1, neste sábado (11), na Arena de Pernambuco. É a quinta partida sem vitória, e o resultado e a atuação deixam dúvidas quanto ao futuro paranista na Série B do Campeonato Brasileiro. Após rebater críticas de dirigentes, o técnico Claudinei Oliveira pode ficar pressionado no cargo.
O Tricolor entrou em campo com novidades. A mais surpreendente foi a saída de Diego Tavares para a entrada de Marcelinho, tentando manter a velocidade mas mudando a característica do armador, mais próxima de Nadson, um dos lesionados do time. Nadson nem foi a Recife, assim como Lucas Otávio, Jean e Rafael Carioca. Leandro Silva continuava improvisado na lateral-direita, Basso voltava a ser escalado de volante e Fernandes seguia na esquerda.
Mas foi o Náutico quem começou dominando, e Taiberson (sim, aquele que começou no Atlético) obrigou Marcos a fazer um milagre logo nos primeiros minutos. E ainda a 7 minutos uma ação desastrada da defesa paranista foi fatal. A bola foi recuada para Pitty, que se perdeu e tocou na fogueira para Basso, que perdeu a jogada na entrada da área. O resultado foi que Renan Oliveira (sim, aquele que jogou no Coritiba) tocou entre as pernas de Marcos e abriu o placar em favor do Timbu.
Só depois de sofrer o gol que o Paraná acordou, e Robson chutou forte e Júlio César fez uma grande intervenção. Como estava difícil chegar na área dos donos da casa, o arremate de longe era a melhor opção, e Marcelinho também arriscou e fez o ex-corintiano trabalhar. Com a vantagem, o Timbu recuava inteiro e o Paraná tinha problemas para encontrar espaços para jogar em velocidade. E pra piorar havia a trágica atuação do sistema defensivo, principalmente de João Paulo e Pitty. Assim, a equipe corria riscos a todo momento.
E aos 29 minutos, outra trapalhada de João Paulo. Um passe errado de Renan passou pelo zagueiro tricolor de forma ridícula, e Bergson ficou livre para fuzilar Marcos e ampliar a vantagem dos pernambucanos. O Tricolor seguia com a mesma dificuldade, e só levava algum perigo de longe, como no chute de Anderson Uchôa aos 37 minutos. Robson era o único que conseguia jogar. A situação era tão inusitada que a torcida do Náutico aplaudia quando João Paulo pegava na bola. “Não foi problema da defesa, foi do time inteiro”, disse o zagueiro, tentando tirar o dele da reta.
Preocupado, Claudinei Oliveira mandou Diego Tavares e Henrique para o aquecimento antes mesmo do final do primeiro tempo. Eles voltaram nos lugares de Basso e Marcelinho. Mas nem houve tempo do time se assentar em campo. Aos 3 minutos, Maylson deixou João Paulo sentado e cruzou para Jefferson Nem escorar. Jogo resolvido com ainda 42 minutos por jogar.
Com a ampla vantagem, o Náutico reduziu o ímpeto e isso permitiu que o Paraná chegasse mais. Mas era uma armadilha para os contra-ataques do Timbu. E aos 21 minutos isso ficou evidente. Jefferson Nem tirou Válber para dançar e rolou para Taiberson fazer o quarto. E fez o quinto, aos 30 minutos, enquanto a defesa paranista batia cabeça de novo. Henrique descontou aos 42, e é melhor terminar por aqui mesmo.
FICHA TÉCNICA
SÉRIE B
1º Turno – 8ª Rodada
Náutico 5×1 Paraná Clube
Náutico
Júlio César; Joazi (Ronaldo Alves), Eduardo, Rafael Pereira e Henrique; Eurico, Maylson (Gustavo Henrique) e Renan Oliveira; Bergson (Tiago Adan), Jefferson Nem e Taiberson.
Técnico: Alexandre Gallo
Paraná Clube
Marcos; Leandro Silva, Pitty, João Paulo e Fernandes; Basso (Diego Tavares), Anderson Uchôa, Marcelinho (Henrique) e Válber; Robson e Lúcio Flávio.
Técnico: Claudinei Oliveira
Local: Arena de Pernambuco (Recife-PE)
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP)<,br />Assistentes: Ricardo Pavanelli Lanutto (SP) e Ailton Farias da Silva (SE)
Gols: Renan Oliveira 7 e Bergson 29 do 1º; Jefferson Nem 3, Taiberson 21 e 30 e Henrique 42 do 2º
Renda: R$ 144.375
Público pagante: 9.289