A situação financeira do Paraná Clube ainda não está equalizada. E infelizmente parece longe disso. Após a polêmica decisão de autorizar a venda de parte da sede da Kennedy, o Conselho Deliberativo foi convocado para nova reunião. Nesta segunda, a discussão trata de nova alienação de patrimônio. O clube não confirma, mas o foco dessa vez deve ser o Ninho da Gralha, em Quatro Barras.

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A pauta da reunião, divulgada no site oficial, tenta manter o sigilo do tema: “comunicação das propostas de composição de dívidas com a alienação de patrimônio do clube e da deliberação tomada pelo Conselho Consultivo na reunião do dia 18 de janeiro”. A reportagem procurou vários conselheiros que estiveram nessa reunião, mas todos fizeram questão de manter segredo sobre o assunto. O presidente Leonardo Oliveira também manteve esse posicionamento.

O texto de chamada da próxima reunião ainda deixa claro que é uma “convocação extraordinária feita em caráter emergencial, dada a necessidade de implementação de ações visando fazer frente às dificuldades econômicas do clube”. Nos bastidores a hipótese mais comentada é um negócio envolvendo o Ninho. Isso não significa que ele será vendido, podendo também ser alugado ou colocado como garantia.

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O foco do momento está na antiga dívida do clube com o empresário Léo Rabelo, que o clube tenta negociar para não ver verbas recebidas de televisão (os famosos direitos de transmissão) travadas na Justiça. Por causa de irregularidades na transferência do meia Thiago Neves, em 2007, o empresário cobra cerca de R$ 30 milhões do clube e o próprio Ninho já foi colocado como garantia.

O advogado de Rabello, Willian Castilho, confirmou que existem negociações em andamento com o clube, mas preferiu não comentar o assunto. Há cerca de uma semana, em uma reunião no Rio de Janeiro, o próprio Léo Rabelo mostrou-se favorável a um acordo.

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Para resolver essa questão, a tendência é que mais uma vez o Paraná apele para o empresário Carlos Werner. Parte do Ninho da Gralha, inclusive, pode ficar como garantia para Werner caso ele coloque mais dinheiro no Tricolor. Procurado nos dois últimos dias, o empresário não atendeu as ligações.

Nadson

Um dos reforços da temporada, o meia Nadson acredita que o estilo de jogo implementado pelo técnico Claudinei Oliveira pode ajudá-lo a se encaixar no time. “O treinador está passando para a gente que é importante ter posse de bola. Todo mundo gosta de trabalhar com o Claudinei porque ele é bastante ofensivo. Durante a temporada a gente vai encaixar o time, porque não tem como acertar tudo nos treinos”, elogiou Nadson.

Nos últimos anos, Claudinei Oliveira conseguiu mostrar a sua ofensividade com o Santos no Brasileirão de 2013. Foram 36 jogos sob o seu comando e 50 gols marcados, média de 1,3 gols por partida. Já na sua primeira passagem pelo Paraná, em 2014, a equipe tricolor anotou 23 gols em 20 partidas.