Tá difícil!

Paraná Clube vive um caminho sem volta na disputa do Brasileirão

Claudinei Oliveira ainda persegue a primeira vitória no comando do Paraná. Foto: Albari Rosa.

Os números do Paraná Clube no Campeonato Brasileiro são difíceis de serem digeridos. O Tricolor é o time com pior ataque, com apenas 12 gols marcados, é o pior visitante, não tendo conquistado nenhuma vitória fora de casa, o pior mandante, com apenas três vitórias na Vila Capanema. A equipe não vence a impressionantes 14 rodadas e seu último gol fora de casa foi no dia 22 de maio, na derrota para o Santos, na Vila Belmiro. A soma de todos esses déficits não poderia ser outra. O Paraná é o lanterna absoluto com apenas 17 pontos conquistados em 28 rodadas. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o 19º colocado na tabela, o Sport, tem 10 pontos a mais que o Paraná.

O time que “nasceu gigante” e mesmo quando ainda era um “bebê” fez bonito na Primeira Divisão, entre os anos de 1990 e parte de 2000, agora segue por um caminho sem volta em um 2018 amargo, que entrará certamente para a história entre as piores temporadas do Tricolor na elite do futebol nacional.

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A situação do time, que já não estava boa, se agravou depois da goleada sofrida para o Fluminense, no Maracanã. Na última segunda-feira (08), o Paraná, sofrido em campo, saiu no lucro com a derrota por 4×0. Quem acompanhou os 90 minutos viu que para a tristeza do torcedor paranista, a esperança tem sido, a cada jogo, torcer apenas contra os vexames. As derrotas parecem ser anunciadas, rodada após rodada.

O técnico Claudinei Oliveira, após o último revés, garantiu que montou o time esperando surpreender o adversário.

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“Nem em meu pior pesadelo achei que viria para ser goleado no Maracanã. Vim para ganhar ou, pela nossa estratégia de jogo, pelo menos voltar para casa com um ponto”, explicou o comandante, visivelmente abatido enquanto falava com a imprensa.

Claudinei, que chegou ao time após a demissão de Rogério Micale, soma dez jogos à frente do Tricolor, com nenhuma vitória contabilizada. Ambos treinadores, em entrevistas, sempre fizeram questão de falar sobre a limitação do elenco, assim como as pequenas verbas que fazem com que o time não consiga bater de frente com os grandes da Série A. Seria praticamente impossível, segundo os dois, acreditar em alçar voos maiores, mas defendiam a força de vontade do time em tentar algo diferente e brigar arduamente para acabar a temporada em 16º lugar. Porém, a “maionese desandou” e agora, restando 10 jogos para o fim do Brasileirão, não há muito o que fazer.

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“Eu me sinto frustrado por não estar conseguindo tirar mais desses jogadores. Treinamos, passamos a parte tática, mas sinto que eles têm tido dificuldade nessa questão emocional e isso transcende a condição do treinador”, detalhou Claudinei, alegando que está tentando extrair de seu elenco uma postura positiva para um final de campeonato mais digno.

“Vamos juntar os cacos e treinar muito para de forma honrada entregar algumas vitórias para nosso torcedor”, afirmou o comandante, esperançoso por um fim de ano um pouco menos trágico do que o anunciado.

“A gente não pode também porque está difícil, largar e perder de qualquer jeito. A gente precisa honrar a camisa. Tem que entrar em campo e até o último minuto suar sangue para conquistar agumas vitórias”, arrematou Claudinei.

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