O Paraná vive na manhã de hoje uma delicada situação na luta para evitar a perda da Vila Capanema para a União, que alega ser a dona do local. Em julgamento no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª região, em Porto Alegre, o Tricolor tenta recorrer de uma decisão favorável conquistada pela União, proferida pela Justiça Federal ainda em 2013, que garante que o terreno pertence ao Governo Federal e determina a desocupação da área por parte dos paranistas.
O cenário, entretanto, é adverso para o Paraná. O advogado do clube no caso, Márcio Nóbrega, admite a dificuldade. Caso o receio se concretize, restará ao clube um último recurso, em Brasília, primeiro no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e depois no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Estamos com uma decisão desfavorável e temos de revertê-la. No mundo jurídico, sempre é mais fácil manter a decisão do que modificá-la”, afirma Nóbrega.
Nóbrega ainda revela que o Paraná tentou por duas vezes o adiamento do julgamento, na expectativa de que a Prefeitura de Curitiba participasse do processo. Isto porque a administração municipal teria interesse em construir um centro administrativo na área do estádio e, em troca, doaria um estádio novo para o Paraná na Vila Olímpica do Boqueirão.
“A prefeitura tinha interesse na área, mas não teve no julgamento. Nós entendemos que a prefeitura deveria participar do processo, mas eles entenderam que, por questões técnicas, não deveriam. Adiamos duas vezes o processo para que a prefeitura se manifestasse, fizesse uma composição conosco, mas o prefeito (Gustavo Fruet) não mexeu uma palha”, garante Nóbrega, que trabalha no caso desde 1981.