O panorama ainda não é o ideal. Um olhar sobre a temporada do Paraná Clube mostra que o saldo ainda é negativo, com três vitórias, quatro empates e quatro derrotas em onze partidas. Mas o saldo vem melhorando. Dos últimos nove pontos, sete foram conquistados. De forma contundente, como na vitória sobre o Coritiba no Paratiba 100, ou com uma boa dose de emoção, como na vitória do sábado (10) sobre o Cascavel por 2×1. De um jeito ou de outro, o Tricolor comemora um momento que ainda não havia vivido em 2018.
Por incrível que pareça, não é a maior invencibilidade do Paraná nesta temporada. Entre 28 de janeiro e 10 de fevereiro, foram quatro partidas sem derrota, três empates (Londrina, URT e Toledo) e uma vitória (Prudentópolis). Mas o futebol apresentado naqueles jogos foi bem abaixo do esperado, a ponto de logo depois virem duas derrotas seguidas, para Rio Branco e Sampaio Corrêa – a primeira derrubando o técnico Wagner Lopes, a segunda eliminando o time da Copa do Brasil.
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Se é possível dizer que o Tricolor deu uma virada com a troca de técnico e a contratação de Rogério Micale, ainda é cedo para falar sobre uma recuperação completa. O próprio técnico sabe disso. “Temos muita coisa a avançar e correções a serem feitas”, resumiu o treinador, após a vitória sobre o Cascavel.
O jogo do sábado exemplificou bem o atual momento paranista. Um domínio amplo na maior parte do tempo. Um time elétrico, que partiu para cima do adversário e rapidamente abriu o placar com Diego Gonçalves. Mas que depois controlou o jogo, não correu riscos, mas também não definiu a partida. O resultado foi que a Serpente acertou seu sistema ofensivo no segundo tempo, empatou com Xaves e, se não fosse uma cabeçada salvadora de Mansur aos 42 minutos, uma vitória certa teria se tornado uma grande frustração.
Com os três pontos, que fizeram o time chegar aos sete no grupo A, o Paraná segue na briga pela classificação para a semifinal da Taça Caio Júnior e afasta o risco de rebaixamento. “Foi uma semana apenas de trabalhos e na sequência tivemos três jogos em seis dias. Isso trouxe um desgaste, mas a equipe respondeu bem. São pontos que nos afastam de qualquer possibilidade que se comentava quando eu assumi”, comentou Rogério Micale, sem sequer falar a palavra “maldita”.
Para o treinador, os jogadores já começaram a responder positivamente à mudança de estilo que ele pretende promover na equipe. A primeira impressão de Micale é extremamente positiva. Nestas primeiras semanas de trabalho, os boleiros aprovaram o técnico, tanto pelo conhecimento tático quanto pela capacidade de transmitir esse conhecimento nos treinamentos. “Eu prefiro o jogo dessa forma. Tendo a posse da bola, você tem o controle do jogo e fica próximo de fazer o gol. A gente procura implantar isso, a nossa forma de pensar a partida. A equipe tem absorvido muito rápido e tem que dar parabéns aos jogadores”, elogiou o “professor”.
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Mas ele e os jogadores do Tricolor sabem que essa evolução e essa confiança só vão se confirmar com a sequência de resultados – nos jogos decisivos contra Foz do Iguaçu, no próximo domingo, e Maringá, no dia 20. “O futebol é bom por isso também, pois em uma semana as coisas mudaram um pouco. Sempre olhamos para a frente, em busca da semifinal, para tentar brigar pelo título. Vamos continuar com esse pensamento, pois com essa pontuação nos aproximamos desse objetivo”, finalizou Rogério Micale.