Ainda não acabou. O Paraná Clube entregará ainda nesta sexta-feira (7) ao presidente do STJD, Ronaldo Piacente, um novo pedido de paralisação do Campeonato Paranaense. O Tricolor quer que o Rio Branco, classificado após a eliminação do J. Malucelli, entre realmente como oitavo colocado e seja o rival paranista nas quartas de final, e não substitua o Caçula enfrentando o Londrina. No início da noite, o Cascavel também anunciou que vai pedir para que o Estadual seja interrompido.
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Segundo o diretor jurídico do Paraná, Alessandro Kishino, é uma atitude que busca resguardar os direitos do clube. “Como ficam nossos jogadores, que foram brilhantes em toda a primeira fase, e terminam prejudicados? Como fica o nosso torcedor? Estamos dando uma satisfação a toda a comunidade paranista que esperava uma resposta da diretoria”, disse o advogado, em entrevista à Tribuna, em meio às reuniões de montagem da estratégia de ação no tribunal, nas quais estão presentes outros dirigentes do clube, incluindo o presidente Leonardo Oliveira.
Oliveira garantiu, entretanto, que o Paraná vai entrar em campo no clássico diante do Atlético no domingo (9). “Sabemos o quanto nosso torcedor espera o jogo. Por isso, vamos jogar”, avisou, em entrevista à rádio Banda B.
Na Serpente, a visão é semelhante. “O STJD não tinha subsídios suficientes para saber a situação do campeonato e a bagunça do Paranaense. O Superior Tribunal estava focado na perda dos pontos por parte do J. Malucelli. Mas eu entendo que o STJD não tinha esse subsídio porque nossa Federação Paranaense de Futebol é omissa. A FPF deveria estar no julgamento zelando pelo campeonato ao invés de ficar assistindo os seus filiados se matando”, atirou o advogado do Cascavel, Nixon Fiori.
O Paraná Clube já se movimentava nesse sentido desde o anúncio do Superior Tribunal de Justiça Desportiva na quinta-feira (6), quando tirou o Jotinha do Paranaense e incluiu o Rio Branco no lugar. Mas, diferente dos outros clubes, que rapidamente se manifestaram sobre o tema, nenhum representante do time com melhor campanha na primeira fase falou sobre o assunto até a confirmação da entrada na Justiça Desportiva.
Mesmo sabendo de possíveis acusações de “oportunismo”, o Paraná vai à luta no tapetão. “Os profissionais do clube falam com a gente e perguntam se vamos tomar alguma atitude”, contou Alessandro Kishino. Ao mesmo tempo da ação oficial, grupos de torcedores também se mobilizam para entrar na Justiça Comum e pedir a suspensão do Paranaense e a mudança das quartas de final. Por enquanto, segue o que se definiu no início da tarde – o Tricolor entra em campo às 18h deste domingo (9) contra o Atlético, na Vila Capanema, precisando vencer por dois gols de diferença para se classificar para as semifinais.
Mas ainda não acabou.