Pensando em 2016 com o espírito do passado, o Paraná Clube quer inovar no seu técnico para a próxima temporada. A aposta é contratar um treinador jovem, que não seja tão conhecido no mercado nacional e que, principalmente não seja caro. Foi assim com vários nomes, como Paulo Bonamigo, Cuca e Caio Júnior, que vieram sem muito alarde mas deram um bom retorno.
Por isso, algumas opções já começam a surgir para assumir o Tricolor, sendo todos com praticamente o mesmo estilo jovem e que fizeram bons trabalhos na atual temporada. Sem contar que taticamente todos trabalham de forma parecida. Léo Condé, Marcelo Martelotte, Itamar Schülle e Claudinei Oliveira são os candidatos a começar 2016 vestindo a camisa paranista.
Primeira opção
Aos 37 anos, Léo Condé é uma das revelações da temporada. Começou no Campeonato Mineiro, onde foi vice-campeão com a Caldense. Na primeira fase da competição, inclusive, o clube terminou em primeiro lugar, à frente de Atlético-MG e Cruzeiro. Na sequência, acertou com o Sampaio Corrêa e vem brigando desde o início da Série B pelo acesso à elite. Atualmente, a equipe está em quinto lugar, com 50 pontos, quatro a menos que o quarto colocado.
No clube maranhense, Condé trabalha no 4-2-3-1, com a trinca ofensiva do meio-campo formado por três meias, ou então com um atacante mais recuado, com liberdade para chegar mais ao ataque. O treinador também tem uma postura mais ofensiva. Quando precisa buscar o resultado, não tem medo de ousar, chegando a trocar um lateral-esquerdo por um atacante, na tentativa de pressionar o adversário.
No entanto, a vinda do técnico está ligada diretamente ao resultado do Sampaio na Série B. Caso o clube suba, Condé estará valorizado e também dificilmente trocaria a oportunidade de disputar a Série A por ficar mais um ano na segunda divisão.
Plano B é um velho conhecido
Na mesma situação de Léo Condé está Marcelo Martelotte. O técnico assumiu o Santa Cruz na sétima rodada, quando o clube estava na zona de rebaixamento. Depois disso, foram 13 vitórias e cinco empates em 25 partidas e agora é forte candidato a uma vaga na Série A. O 4-2-3-1 também é a formação que ele adotou no time pernambucano, mas sempre com um atacante que se movimenta mais, sem ficar preso dentro da área.
Aos 46 anos, Martelotte tem como trabalho mais expressivo o fato de ter passado pelo Santos, entre 2010 e 2011, sempre de forma interina. Mas também tem a experiência de ter sido campeão estadual com o próprio Santa Cruz em 2013 e com o Atlético-
GO em 2014.
Mais experiente
Quem foge um pouco das características é Claudinei Oliveira. O técnico não é o mais velho entre as opções, com 46 anos, mas entre todos é o mais experiente. Além de ter passado pelo próprio Paraná no ano passado, já dirigiu também Santos, Goiás, Atlético e Vitória, que foi o seu último trabalho, de onde saiu no final de maio.
Por muito pouco não acertou com o Tricolor antes de Fernando Diniz, mas o alto salário pedido assustou a diretoria, que recuou e apostou no outro treinador. A parte financeira é o que justamente pesa. Se ele não diminuir a pedida, deve ser a última opção. Mas o trabalho dele é bem visto dentro do clube e isso pesa a seu favor.
Também gosta de jogar com dois volantes e três armadores no meio-campo, com um homem de referência no ataque. Aposta muito em jogadas de velocidade pelos lados e adota uma postura de povoar o meio, sempre com um primeiro volante ajudando a defesa na marcação, mas com um segundo volante ágil e que constrói as jogadas. Lucas Otávio, no Tricolor, e Hernani, no Furacão, são exemplos disso.
De pg
Quem ganhou força nos últimos dias foi Itamar Schülle. Campe&,atilde;o paranaense pelo Operário este ano, o técnico se desligou do Fantasma após a eliminação para o Remo na Série D – o time ficou a uma fase de conseguir o acesso para a Série C -. Aos 48 anos, o treinador já disse que não foi procurado por ninguém do Paraná, mas é cotado para assumir o Tricolor, embora não seja a primeira opção.
Jovem, Schülle teve bom aproveitamento no Operário, com 16 vitórias, cinco empates e oito derrotas em 29 jogos. Além disso, ele mostrou saber montar bons elencos. Foi o responsável por construir o time que foi campeão estadual e depois, mesmo perdendo os principais destaques do Paranaense, como o meia Ruy e o atacante Douglas Oliveira, contratou peças que fortaleceram a equipe novamente. Também adepto do 4-2-3-1, o diferencial do treinador é o fato de dar mais liberdade aos seus volantes.