Bons tempos

Paraná Clube tentará repetir feitos históricos de 2017

No ano passado, diretoria fez "milagre" com folha salarial baixa. Foto: Arquivo.

O objetivo do Paraná Clube na próxima temporada será repetir os acertos conquistados em 2017. Ainda que não tenha vencido nenhuma competição naquele período, foi um ano que deixou um saldo positivo ao Tricolor. O time foi longe na Copa do Brasil, vendendo caro a eliminação para o Atlético-MG nas oitavas de final – somando uma boa quantia aos cofres do clube pela trajetória -, e coroou aquela fase com a conquista do acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. E para atingir resultados iguais a esses em 2019, o foco é ter estratégias semelhantes.

Sem fazer nenhuma loucura financeira, um primeiro passo será apostar em jogadores com baixos salários e que possam vir para brilhar. Em 2017, com uma folha salarial de aproximadamente R$ 460 mil, a estratégia deu certo. A aposta foi trazer à equipe jogadores que estavam esquecidos em outros clubes e que aceitaram o desafio de mostrar seu valor com a camisa azul, vermelha e branca. Foi o caso do zagueiro Maidana, deixado de lado pelo São Paulo por questões pessoais, do meia João Pedro, que não tinha lugar no Atlético, e até mesmo do volante Alex Santana, que não estava sendo aproveitado pelo Internacional. Os três foram peças extremamente importantes na campanha paranista.

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Portanto, o novo executivo de futebol do clube, Mario André Mazzuco, terá que ser assertivo nas contratações. Vale destacar que o projeto atual do departamento de futebol do Paraná Clube prevê escolhas definidas em grupo. Mazzuco terá ao seu lado o gerente Marcos Oliveira, o técnico Dado Cavalcanti e o auxiliar Lúcio Flávio. Diferentemente do que aconteceu quando Rodrigo Pastana era o nome forte do Tricolor – e tinha todas as palavras finais – agora o crivo das contratações passa por esses nomes. A mudança foi feita pelo presidente Leonardo Oliveira após o fracasso de Pastana em 2018, que mesmo com a verba de cerca de R$ 1,5 milhão mensais, conseguiu trazer muitas peças, sendo pouquíssimas delas – ou quase nenhuma – decisiva para o time.

Para evitar novas aquisições “em massa” para o elenco do ano que vem, o Paraná também deve apostar na base. Esta será um segundo passo a ser tomado. Em 2017, o volante Leandro Vilela foi o “piá da Vila” que conseguiu brilhar naquela equipe e até por isso permaneceu no elenco. Ainda que nesta temporada ele não tenha tido o mesmo desempenho, deve estar entre os titulares no ano que vem, assim como alguns outros garotos. A aposta em “soluções caseiras” deve acontecer, com a presença do zagueiro Paulo Fales, do volante Jhony, do meia Alesson e dos atacantes Andrey, Keslley e Rodrigo Carioca. Entre esses, o mais certo a começar entre os titulares é Andrey.

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A missão de repetir um ano inesquecível, que acabou com o sofrimento de uma década do time na Série B, não é tão simples como parece, mas é possível. Será necessário deixar de lado todos os tropeços e as mágoas do total fracasso que foi 2018 e, principalmente saber aprender com os erros. O Paraná Clube precisa agora mirar nos acertos. Exemplos de ambas as situações estão aí, vivas para serem lembradas. Resta ao Tricolor se espelhar no que deu certo para, assim, ter uma nova conquista a ser comemorada.

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