O técnico Luciano Gusso admite que ainda não encontrou a formação ideal do Paraná Clube. Após quatro rodadas o Tricolor segue fora da área de classificação e seis pontos atrás do líder J. Malucelli. Na busca pelo equilíbrio necessário, o time já sente a pressão de estar na zona do torneio da morte e, nas palavras do volante Jean, a partir de domingo será decisão atrás de decisão. O próximo adversário é o Maringá, domingo, 16h, no Willie Davids.
“Temos que entrar com outro espírito. Não pode se repetir o que aconteceu contra o J. Malucelli, quando o time foi muito apático”, reconheceu Jean. “Não podemos nos agarrar em problemas extra-campo. Isso faz parte do futebol. Temos é que fazer o melhor lá dentro. Só com resultados dentro de campo é que essa história do clube pode mudar”, disse. Apesar das declarações do garoto, a falta de dinheiro segue ‘respingando’ no dia a dia do futebol.
Devido aos atrasos salariais dos funcionários, ontem as cozinheiras não foram trabalhar no CT Racco. Por conta disso, a comissão técnica teve que alterar seus planos e cancelar o treino da tarde. Inicialmente, a ideia era fazer com que os jogadores permanecessem o dia inteiro no Caiuá, com apenas um intervalo para o almoço e descanso. Mais um capítulo nessa desgastante crise do Paraná, que segue com cerca de quatro meses de atrasos salarias para atletas e funcionários e sem nenhuma solução a curto prazo.
“Jogar no Paraná é para gente forte. Passamos por situações inusitadas a cada instante. Mas, faz parte do aprendizado e tenho certeza que estamos tirando lições deste momento, que vai ser superado”, cravou Jean. Para ele, o atual elenco não poderia, independente de qualquer dificuldade extra-campo, estar fora das oito primeiras colocações. “Já mostramos que o grupo tem qualidade. Fizemos bons jogos nas três primeiras rodadas. Houve erro de arbitragem e pecamos em alguns detalhes. Mas, houve uma queda neste último jogo e temos que apagar essa imagem o quanto antes”, falou. Na busca por essa guinada, o Tricolor terá, possivelmente, mudanças para o próximo jogo. O técnico Luciano Gusso acena até com a troca de esquema tático, abrindo mão de um dos atacantes. Nas quatro rodadas, o Paraná sempre contou com um trio ofensivo, que deixou a desejar. Desta vez, poderá reforçar a marcação no meio-campo. O Maringá manteve a base da equipe vice-campeã do ano passado e tem no meio-campo o seu ponto forte. Além de Leandro Vilela, Gusso conta também para o setor com Marcos Serrato, recuperado de uma lesão.
