Chegou a hora do retorno. O Paraná Clube não conta mais os dias, e sim as horas para voltar a campo oficialmente, na partida de quarta-feira, às 21h, contra o Vitória, em Salvador, na retomada do Campeonato Brasileiro. Será um reinício repleto de decisões, pois além dos baianos, o Tricolor encara na rodada seguinte, já no domingo, o América-MG na Vila Capanema. E, depois de quase 20 dias de treinos, o técnico Rogério Micale montou uma base para mais um momento decisivo da temporada.
Além de muito treinamento, o treinador teve o amistoso da quinta-feira diante do River Plate-URU (vitória por 2×0) para testar o Paraná. Não foi dos níveis mais fortes de exigência, mas o suficiente para motivar Micale. “Vamos retomar a uma competição que precisamos de uma performance alta e boa. O resultado é que vai determinando tudo e, para o momento, está dando resposta”, comentou o técnico, após o jogo contra os uruguaios.
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As afirmações começam pelo gol. Thiago Rodrigues está na frente de Richard. A disputa era a mais acirrada do Tricolor – de um lado, um goleiro em boa fase e com sequência de partidas; de outro, o principal jogador do time e decisivo no acesso para a primeira divisão. Pesou o momento, e Thiago seguirá como o camisa 1 paranista.
Na zaga, enfim Cléber Reis ganhará a sequência que precisa. Desde que chegou à Vila Capanema, o zagueiro não conseguiu – por lesão ou falta de ritmo – se garantir como titular absoluto, status que tinha desde sua contratação junto ao Santos. A saída de Neris e o tempo maior de treinamentos deu a Cléber a confiança que Rogério Micale esperava. Ao lado dele, Rayan segue, assim como Júnior na lateral-direita. Na esquerda, o técnico desistiu das improvisações e, enquanto Mansur não se recupera, Igor continuará atuando.
No meio-campo “ressurgiram” dois volantes. Favoritos de boa parte da crítica, Leandro Vilela e Alex Santana voltaram ao time durante a intertemporada, e no amistoso diante do River Plate se destacaram – Alex foi o melhor em campo. “Ele está buscando o espaço dele naquele setor em que preciso de muita intensidade e não só qualidade, que ele já demonstrou. Mas preciso de intensidade e é uma posição que não abro mão”, disse Micale. O elogio vem com um alerta porque o volante já chegou a ser afastado do elenco durante o ano por questões comportamentais, e o treinador não quer ver a repetição de problemas passados.
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Para a armação e ataque, Silvinho está garantido. Melhor jogador da equipe na primeira parte do Brasileirão, o atacante segue com prestígio. Sobram três vagas, que neste momento são de Carlos Eduardo, Raphael Alemão e Léo Itaperuna. Mas Nádson, recuperado de uma gripe, e Carlos, que está lesionado, devem aparecer no time – se estivessem aptos na quinta-feira, jogariam diante dos uruguaios.
O recém-contratado Rodolfo, Jhonny Lucas, Torito González, Caio Henrique e Thiago Santos são outros que agora querem cavar uma vaga entre os titulares. Rogério Micale deixa as portas abertas. “Vamos ver com a sequência de jogos”, avisou. A sequência chegou, e o Paraná precisa muito pontuar a partir de quarta.