Foram apenas quatro rodadas, apenas um ponto conquistado e o Paraná Clube já sofre com a pressão de figurar na parte debaixo da classificação do Campeonato Brasileiro. O retorno à primeira divisão do Tricolor, depois de dez anos na Série B, não está sendo do jeito que o torcedor paranista queria. No entanto, a equipe do técnico Rogério Micale está em reconstrução, tem até feito bons jogos, mas ainda não está sendo suficiente para conseguir vencer as partidas. Pela frente, agora, o Paraná terá o Santos, neste domingo, mais uma vez fora de casa e mais uma vez com a missão de, enfim, acabar com o jejum de vitórias.
O técnico Rogério Micale admitiu que a pressão, diante da campanha ruim apresentada até agora no Campeonato Brasileiro, é inevitável. O treinador afirmou ainda que entende o descontentamento do torcedor paranista, mas que o momento agora é de união de todos para que o Paraná consiga a primeira vitória no Brasileirão.
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“Não temos como fugir dela (pressão). Gostaríamos que as pessoas que estão no entorno, o nosso torcedor, que é apaixonado e tem todo direito e tem razão, as pessoas formadoras de opinião, entendam que o orçamento é muito baixo. É difícil. Estamos tentando ser competitivos com essa dificuldade, mas não pode ser justificativa para aceitar um retorno. É um time jovem, coeso, competitivo, que está sofrendo muito e vamos sofrer. A gente precisa de apoio, de todo mundo junto nessa jornada, para que consiga o primeiro objetivo, que é permanecer e depois pensar em algo melhor”, afirmou o treinador.
É preciso, na verdade, ter uma certa paciência. Em relação ao time que terminou o Campeonato Paranaense, foram realizadas muitas mudanças. No empate em 1×1 diante da Chapecoense, anteontem, na Arena Condá, o Tricolor teve em campo apenas três jogadores que disputaram o Estadual.
“Tem que saber administrar a pressão. Estamos vivendo uma situação de início e hoje (segunda-feira), para a equipe que terminou o Paranaense, somente três começaram jogando, os dois laterais e o Jhonny Lucas. Os outros são novos e estamos na quarta partida. Espero que entendam e mesmo assim estamos mostrando um bom futebol, competindo com os adversários. A expectativa é de que, juntos, vamos crescer e alcançar o que a gente quer”, reforçou Micale.
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Um dos fatores principais que precisam ser aprimorados é a melhora na pontaria. O Paraná, mesmo em reconstrução e com todas as dificuldades, tem criado, mas o aproveitamento é pífio. Foram nada menos do que 64 chutes e somente dois gols marcados, ou seja, são necessárias 32 tentativas para colocar uma bola na rede do adversário. Isso explica um pouco a campanha ruim do Tricolor neste começo de Campeonato Brasileiro.
O técnico Rogério Micale, no entanto, garantiu que o Paraná não vai mudar seu jeito de jogar. O treinador, no entanto, espera que o time paranista consiga ser, daqui para frente, mais equilibrado nas suas atuações.
“Essa é a proposta, é a minha forma de ver futebol, mas precisa também de equilíbrio. Não só atacar, mas sabendo que precisa tirar a possibilidade de o adversário contra-atacar. Nos momentos de sofrer, é saber sofrer, achar a escapada para poder contrapor. Nossa cara é jogar futebol, queremos jogar futebol”, finalizou o comandante paranista.
