O Paraná Clube senta no banco dos réus do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta terça-feira (5), a partir das 15h, no Rio de Janeiro. O julgamento do Tricolor será o sétimo da sessão da 2ª Comissão Disciplinar e diz respeito aos incidentes ocorridos na despedida da Série B, no último dia 25, quando alguns torcedores entraram no gramado do Couto Pereira após o empate em 1×1 com o Boa Esporte.
Na súmula do jogo, o árbitro Alisson Sidnei Furtado relatou que, na ocasião, empolgados com a comemoração do acesso à elite do futebol brasileiro, alguns paranistas pularam o fosso do estádio e ficaram ao redor do gramado. Ao final da partida, porém, alguns deles foram flagrados comemorando com os jogadores dentro de campo.
No documento entregue a CBF, Furtado também informou que a segurança contratada pelo Tricolor agiu rápido para conter os invasores e que tão logo o fez, registrou boletim de ocorrência contra dois deles, que foram enquadrados na lei 10.671 do Estatuto do Torcedor. O documento emitido pelas autoridades policiais foi entregue à arbitragem ainda no vestiário pela assessoria jurídica do Paraná Clube. A rápida intervenção deve servir de atenuante para o Tricolor.
Porém, caso seja condenado, o time poderá receber uma multa que varia de R$ 100,00 a R$ 100 mil conforme previsto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O artigo 213 prevê, ainda, a perda de mando de campo de uma a dez partidas em situações consideradas mais graves. Como no caso do Tricolor a invasão foi mais festiva do que violenta, a expectativa gira em torno da absolvição.