Mais uma vez o Paraná Clube ficou no quase. Contra o Santos, ontem, na Vila Belmiro, o Tricolor adotou uma boa estratégia, mas, bastou sair atrás no placar no início do jogo para se afobar e perder a boa postura que vinha apresentando em campo e sair derrotado por 3×1. Mais do que isso, o time paranista continua vivendo um sufoco no Brasileirão, onde, após cinco rodadas, segue na lanterna, com apenas um ponto conquistado. E vivendo o mesmo roteiro em todos os jogos que disputou até aqui pela competição.
Pelo que apresentou nos 45 minutos iniciais, o Paraná Clube parecia que ia mudar um pouco essa situação. Apesar de diversos desfalques, como o goleiro Richard e o meia Carlos Eduardo, que tinham a expectativa de voltarem a jogar, além do zagueiro Cléber Reis, que por contrato não podia enfrentar o Peixe, o Tricolor se fechou e anulou o ataque do adversário.
Dando a posse de bola para o Santos, o time paranista – que chegou a ter apenas 35% de posse de bola no primeiro tempo -, explorava as velocidades e também os erros da defesa do Santos para levar perigo, mas não conseguiu aproveitar as oportunidades. Mesmo assim, apresentava um bom futebol dentro da sua estratégia e fazia o adversário ficar um tanto quanto ansioso na tentativa de resolver a partida e até finalizar a gol.
Algo que se inverteu completamente na etapa final. Bastou apenas um minuto para todo o planejamento ir por água abaixo. Em uma desatenção da defesa, Sasha recebeu na área e, de cabeça, tocou para Rodrygo, que ganhou de David e abriu o placar na Vila Belmiro. O suficiente para mudar o panorama da partida.
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A partir daí, o Paraná Clube precisou mudar sua postura. Naquele momento, se segurar, tentando apenas o contra-ataque, já não era mais o suficente. O time, então se expôs, e caiu no mesmo problema apresentado em todos os jogos no Brasileirão. Nas cinco rodadas, o Tricolor saiu atrás no placar. E quando precisou ir para cima, não teve forças para se segurar.
O Peixe se aproveitou disso e marcou logo 2×0 aos 13 minutos, quando Sasha tocou para Gabriel, completamente livre, de cabeça, na pequena área, mandar para as redes. Ali o resultado já estava definido.
Com calma, os donos da casa controlaram a partida. Com mais posse de bola, a troca de passes era constante, com o Paraná Clube tentando a todo custo roubar a bola e tentar um contra-ataque. Mas já não havia mais espaços. Quando Gabriel marcou o terceiro, aos 31, os próprios paranistas viram que não tinham mais como reagir. Tanto que quando Silvinho marcou, aos 47, nem comemorou. E, até aqui, não há motivos para ninguém no Tricolor vibrar, mas sim para abrir o olho e acordar o quanto antes.