Confirmado no último domingo como novo comandante do Paraná Clube, o técnico Wagner Lopes está trabalhando junto com a diretoria na montagem do elenco e do planejamento do clube para a temporada de 2018. O objetivo do Tricolor é fazer um bom Campeonato Paranaense e ter uma boa participação na Copa do Brasil, mas as atenções estão totalmente voltadas para o retorno à primeira divisão. O treinador não escondeu que o primeiro objetivo é se manter na Série A, e, sobretudo, se firmar como um time de elite do futebol brasileiro.
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“Não só do Paraná Clube, mas de todos os times que sobem, é você ter o equilíbrio na competição e se firmar como time de Série A. Para isso, você precisa de atenção na montagem do elenco, não sair gastando sem prudência e sem levar em consideração seu modelo de jogo. O primeiro passo é ter um time competitivo, saber sofrer, saber disputar a Série A, para poder permanecer na Série A, conquistando o respeito como time de Série A. Esse é o primeiro passo e depois é o desenvolvimento do trabalho”, apontou o treinador, em entrevista à Tribuna do Paraná.
Wagner Lopes está participando de um curso na CBF, mas segue em contato diariamente com o executivo de futebol Rodrigo Pastana para a definição dos nomes que vão defender o clube em 2018. O objetivo da cúpula paranista, assim como em 2017, é conseguir montar um time competitivo, mas sem dispor de um grande orçamento.
“Antes da Série A, precisamos pensar na montagem do elenco para o Paranaense. Não adianta pensar uma coisa muito desassociada da outra. Claro que se pensa no ano todo, de uma forma mais globalizada e o foco é o Brasileiro. Então, a gente sabe que tem algumas pendências, falo com o Rodrigo (Pastana) todos os dias. Temos que fortalecer os conceitos que temos na maneira de montagem”, contou Lopes, que também participa desse processo buscando informações e indicando nomes para a diretoria.
“Liga para um, para outro, tenho muitos amigos, banco de dados. Pegamos informações de como foram no segundo semestre, sobre contusões, para que a gente chegue em um consenso e tente montar quatro ou cinco por posição. Temos nossas limitações financeiras e o Rodrigo é muito bom nisso, em fazer time com muita qualidade e com baixo custo”, acrescentou.
No tempo em que comandou o Tricolor, Wagner Lopes sempre priorizou times com forte marcação e de transição rápida. Essa é a característica, segundo ele, que o time terá em 2018.
“A nossa ideia de jogo é ser um time forte, competitivo fisicamente e com força de transição rápida. Vamos buscar trabalhar com equilíbrio nesse momento, com prudência e coerência. É muito difícil, mas é a nossa busca desses princípios para a montagem do elenco”, enfatizou ele.
Características
Apesar de não ter muita experiência na disputa da Série A (comandou apenas o Criciúma em 2014), o técnico é um estudioso do futebol e já delineou as características da primeira divisão. Assim, conseguirá traçar o perfil da equipe e o modelo de jogo adequado para levar o time a uma boa campanha.
“É uma oportunidade muito boa. Estou muito feliz com esse retorno. É uma oportunidade ímpar, não só para a história do clube, mas para mim também. A gente estuda a Série A todos os anos. A gente vê praticamente todas as rodadas. Claro que a qualidade técnica, física, tudo isso influencia no modelo de jogo. Vejo como uma grande oportunidade de me firmar no mercado nacional e fazer o melhor trabalho possível pelo Paraná Clube‘, arrematou o comandante paranista.