A dificuldade ofensiva do Paraná Clube, quarto pior ataque da Série B com nove gols em 11 jogos, vem dando dor de cabeça para jogadores, comissão técnica e torcida. A promessa, daqui em diante, é apresentar um futebol mais agradável e com oportunidades para balançar as redes a partir de amanhã, às 21h30, contra o América-MG na Vila Capanema, pela 12ª rodada.
- Opção 1 – Alemão elogia colegas, mas quer ser o homem-gol
- Opção 2 – Rafhael Lucas pode ser o titular do Paraná contra o Coelho
- Peça-chave do Tricolor, Gabriel Dias vira o faz-tudo do meio-campo
Com uma defesa segura, a menos vazada do Campeonato Brasileiro, com apenas sete tentos sofridos, o Tricolor busca o equilíbrio entre os setores. Nas últimas três partidas, por exemplo, a equipe marcou apenas em cobranças de pênalti contra Figueirense (1×0) Criciúma (2×1), e Ceará (1×0), em duas vitórias e uma derrota.
“Nosso elenco tem tudo para subir. O Paraná tem uma estabilidade muito grande na parte defensiva e toma poucos gols, mas está faltando criar um pouco mais. Nesse último jogo, eu estive nas cativas e acho que a torcida está sentindo falta de mais gols, mais criação e um futebol mais envolvente. Os gols estão faltando, mas temos bons jogadores na parte da frente e acho que vamos encaixar”, avaliou o centroavante Alemão, que terá seu nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) nesta semana e fica à disposição para ser relacionado.
O técnico Cristian de Souza admite que ele e o grupo se cobram por um futebol melhor dentro de campo. O treinador reclamou que, mesmo com a semana cheia de trabalho, o time utilizou muitas ligações diretas diante do clube cearense, apesar de ter visto evolução com os atletas dando mais amplitude e sendo mais agressivos na partida.
Confira a classificação da Série B do Campeonato Brasileiro!
Mesmo assim é nítido que o Paraná tem dificuldades na criação. Com o esquema de dois volantes e um meia, o time fica muito dependente de Renatinho, que fica sobrecarregado com a função. Os três atacantes, apesar de tentarem ser participativos, usam muito da jogava individual no terço ofensivo e não existem tabelas ou triangulações para infiltrações na zaga adversária. Um problema que Minho, titular da equipe, reconhece.
“A gente tem buscado trabalhar isso (criar mais e marcar). O Cristian aproveitou as semanas cheias para ajustar isso que tá faltando. O que tá faltando é a gente finalizar mais, fazer gols, mas com trabalho, com certeza, dá certo”, comentou.
A solução poderia ser a entrada de mais um volante ou meia na vaga de um dos extremos para preencher o meio-campo, já que o Tricolor perde numericamente por ali diante dos rivais. Cristian de Souza, porém, não sinaliza com essa mudança e as alterações para o jogo de sexta devem ser por obrigação. O volante Leandro Vilela e o atacante Felipe Alves, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, estão fora do duelo diante do Coelho. Jhony e Rafhael Lucas ou Alemão são os mais cotados para assumirem as posições.
“Precisamos produzir mais, isso é óbvio. É uma busca, estamos todos querendo jogar mais, dar um espetáculo melhor, mas é complicado. As equipes são muito compactas, dão pouco espaço e jogam atrás da linha da bola. Já tivemos essa abertura de campo, a tentativa de ficar com a bola e tivemos essa posse. Tivemos uma semana e temos mais essa para ajustes. Quando a confiança restabelecer, vamos errar menos e conseguir trabalhar melhor em campo”, garantiu o comandante paranista.