Hora da virada

Paraná Clube quer embalar após primeira vitória em 2018

Zezinho, contestado pela torcida mas apoiado por Wagner Lopes, comemora o terceiro gol. Foto: Marcelo Andrade

O torcedor paranista que compareceu na Vila Capanema com timidez, em pleno sábado de Carnaval (10), para assistir a uma partida que, teoricamente, não valia mais nada, só esperava uma única coisa do Paraná Clube: a vitória. E o público presente na Vila Capanema, composto por 3.292 pessoas no total, viu, finalmente, o Tricolor “desencantar”. Diante do Prudentópolis, o Paraná decretou, com o placar de 3×0, seu primeiro triunfo no ano, na quinta rodada da Taça Dionísio Filho.

A vitória não valeu em nada para a continuidade do time na disputa do primeiro turno do Campeonato Paranaense. Com cinco pontos, o Paraná não tem chances de avançar à semifinal. De qualquer maneira, a vitória tirou um peso enorme das costas do técnico Wagner Lopes, que prometeu que a tendência do time, agora, é seguir uma crescente em relação ao desempenho.

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“Ficar de fora (da semifinal) é o preço que pagamos pelos primeiros jogos ruins que fizemos. Lógico que era nosso objetivo estarmos na final. Fico incomodado. Se a gente tivesse vencido esses jogos não teria acontecido. Mas o desempenho do time estava ruim. Agora é daqui para melhor a cada jogo”, explicou.

Com a diretoria, comissão técnica e, principalmente, a torcida na bronca, com o fraco desempenho apresentado até a quarta rodada da competição, o time paranista entrou ligado no jogo e disposto a colocar em pleno funcionamento o setor ofensivo. Essa postura, visando a explorar o último terço do campo, era justamente o que Lopes mais fez questão de frisar que trabalhou exaustivamente com seus jogadores durante a última semana. Deu certo! Em apenas 20 minutos de partida o Paraná tinha criado mais chances de gol – quatro – do que quase em todo o jogo anterior, contra o Toledo.

Thiago Santos abriu o caminho da vitória paranista. Foto: Marcelo Andrade
Thiago Santos abriu o caminho da vitória paranista. Foto: Marcelo Andrade

Mas se a transição ofensiva estava dando resultado, faltava acertar nas finalizações. Foram muitas chances desperdiçadas – porém, apesar da falta de capricho, o time foi feliz e conseguiu marcar três vezes. Os gols foram assinalados pelo atacante Thiago Santos, aos 45 do primeiro tempo, pelo meia João Paulo, aos 10 segundos da segunda etapa, e Zezinho, também meia, aos 9 da fase final.

Como diz o ditado, “vão-se os anéis, ficam os dedos”. O Paraná pode até estar fora da sequência final da primeira fase do Paranaense, mas conseguiu encontrar certo equilíbrio e já não é mais um amontoado de jogadores em campo.

O Tricolor terá a chance de começar do zero e brigar pela Taça Caio Júnior – o segundo turno do Campeonato Paranaense – a partir do dia 4 de março, quando joga contra o Cianorte, no noroeste do Estado. Porém, desta vez, com mais tempo de preparação, o treinador pretende colher os resultados do trabalho que vem sendo feito com o elenco.

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“O ‘se’ não entra em campo, tem que ter competência. Se você não tem, outro vai ter. Vamos ter que saber aproveitar as oportunidades com competência. Não podemos aceitar menos do que fizemos (diante do Prudentópolis). Precisamos finalizar com qualidade, pois trabalhamos isso. Sabemos que temos que melhorar em alguns aspectos, mas esse é o caminho”, avaliou.

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