O gol de Alex Santana aos 51 minutos do segundo tempo e que decretou o empate do Paraná Clube em 1×1 contra o Botafogo, no último domingo (12), liberou um grito na garganta do torcedor paranista, pouco escutado em 2018. Comemorar um sonoro gol assinalado pelo elenco Tricolor não tem sido tarefa fácil nos últimos tempos.
Ainda que o empate não tenha resolvido a situação do time, que continua na lanterna do Campeonato Brasileiro, com 14 pontos, ao menos deu uma esperança ao torcedor sobre uma melhora na parte ofensiva. Nesta temporada o Paraná mandou a bola para o fundo das redes apenas 25 vezes em um total de 32 jogos que disputou. Foram 15 “assinaturas” no Campeonato Paranaense, uma na Copa do Brasil e nove no Brasileirão, em um total de 18 rodadas.
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- Paraná quer “pegada” de Alex Santana na sequência
Quando a “pontaria” do time é comparada com a do ano passado, quando o Paraná conquistou o acesso à Série A, se tem uma noção de como os números atuais deixam a desejar. Em 2017, foram 49 gols marcados pelo Brasileirão, oito pela Copa do Brasil, 23 pelo Paranaense e 4 pela Primeira Liga. Ou seja, 84 gols na temporada passada. Pesam para o baixo resultado recente, o fato de o Paraná ter sido eliminado precocemente na Copa do Brasil este ano e não contar com a Primeira Liga para disputar.
Para se ter uma ideia da dificuldade que vem sendo atingir a meta, de acordo com o site Footstats, o Tricolor tem a segunda pior finalização da Série A. Para que o fundo das redes seja encontrado, o time precisa arriscar a impressionante marca de 150 chutes. Nesse quesito, o Tricolor perde somente para o Santos, com 156 chutes a cada gol.
Comparação
Comparando os demais times da zona de rebaixamento do Brasileirão, o aproveitamento do Paraná fica muito aquém. Vale ressaltar que os “companheiros” da área de degola disputam outras competições, mas ainda assim, considerando somente o Brasileiro, ficam à frente do Tricolor. Neste ano, o Atlético já marcou 65 gols, somando o Estadual, a Copa do Brasil, a Sul-Americana e, por último, o Brasileirão, em que soma 17 gols. O Ceará tem 73 gols no ano, sendo 11 deles na Série A. Já o Santos balançou as redes 49 vezes em 2018, 18 delas pelo Brasileiro.
Sabendo do desafio que terá pela frente para que esse cenário seja minimizado, o técnico Rogério Micale quer o elenco unido para os 20 jogos que ainda restam no Brasileirão. “A palavra da (última) semana, durante os treinos, foi superação. E é isso que precisamos. Temos que ser incisivos, ter coragem. Não temos que pensar que jogamos contra Corinthians, por exemplo. Ali são 11 contra 11, então precisamos entrar e dar nosso melhor. Temos que nos entregar, não desistir e encarar”, falou o treinador, referindo-se à vontade de Alex Santana em buscar o jogo até o último segundo.
Confira a classificação completa do Brasileirão
O Tricolor encara na próxima rodada o Internacional, no domingo (19), a partir das 11h, no Beira Rio e o comandante paranista garante que o time vai determinado a arrancar pontos do time gaúcho. “Precisamos de pontos. Respeitamos o Internacional, mas temos que buscar o resultado lá”, finalizou Micale.
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