Ricardinho, Lúcio Flávio, Maurílio. Esses foram alguns dos especialistas em bolas paradas que o Paraná Clube teve na sua história e que, por muitas vezes, foram decisivos a favor do time paranista desde a sua fundação. No Campeonato Brasileiro deste ano, o Tricolor tem deixado a desejar neste quesito. É o único clube dentre os 20 participantes da competição nacional que ainda não marcou gols em cobranças de faltas ou escanteios.
Na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o Paraná Clube tem, ao lado do Ceará, o pior ataque da competição, com apenas sete gols marcados. Destes, o time paranista marcou um em cobrança de penalidade (na vitória sobre o Fluminense por 2×1) e outros seis com a bola rolando. O único clube, no entanto, que não conseguiu marcar gols oriundos em cobranças de escanteio ou de faltas.
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Depois das 12 rodadas disputadas do Brasileirão até agora, foram 63 gols anotados em jogadas de bolas paradas. Foram outros 23 gols em cobranças de penalidades. Flamengo e Chapecoense, com oito gols cada, são os especialistas da competição nacional neste quesito até agora. Assim, 30% dos gols anotados no torneio até agora saíram em jogadas de faltas, escanteios ou bolas paradas.
Até agora, nos 12 jogos que fez no Brasileiro, o Paraná Clube não transformou em gol as chances criadas em bolas paradas. Até pela assiduidade até agora nas partidas do Tricolor, o meia Caio Henrique foi o principal cobrador, mas sem atingir o rendimento esperado. O meia Carlos Eduardo e o volante Torito González foram também opções testadas para melhorar o aproveitamento do time paranista em cobranças de faltas e escanteios.
Segundo dados divulgados pelo site inglês WhoScored, quem mais vezes cobrou escanteios no Paraná foi o meia Caio Henrique. Foram 22 vezes, com 11 acertos e 11 erros. Também estão na lista os meias Guilherme Biteco, Carlos Eduardo, Matheus Pereira, além do lateral-direito Alemão, todos com rendimento pior do que Caio Henrique. Os dois últimos, inclusive, não fazem mais parte do elenco paranista.
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Sem ainda achar um especialista em bolas paradas, a diretoria do Paraná pode encontrar no meia Nádson a solução dos seus problemas. Na primeira passagem do jogador pelo Tricolor, o armador foi o principal bater de faltas do time paranista, fez gols importantes, além de ter sido um dos melhores jogadores do meio de campo do Tricolor na caminhada do clube em 2016. Foram sete gols marcados em 43 jogos disputados.
O último jogador do Paraná Clube que se destacou pela eficiência nas bolas paradas foi o meia João Pedro, hoje no Botafogo. Na Série B do ano passado, o jogador marcou dois gols e foi peça importante para o time paranista conseguir o acesso à primeira divisão depois de dez anos de sofrimento na Segundona.