Erros e virtudes

Paraná Clube mostra segurança na defesa, mas tem dificuldades no ataque contra o ABC

Defesa do Paraná Clube mais uma vez foi bem e não levou sustos contra o ABC. Foto: Nuno Guimarães/Estadão Conteúdo

O Paraná Clube não começou do jeito que a torcida esperava. Mas também todo mundo sabe que a Série B do Campeonato Brasileiro não é o Paranaense, o nível é maior, as dificuldades aumentam, e somar pontos é sempre importante. E é por isso que o Tricolor saiu satisfeito do empate em 0x0 com o ABC, sábado (13), no Frasqueirão, em Natal. Se o rendimento não foi o que já se viu neste ano, com adversários até mais fortes, na volta para Curitiba tinha um pontinho na bagagem. E mais motivação para a semana com duas partidas na Vila Capanema, um deles já nesta terça-feira (16), contra o Goiás, às 21h30.

Sem entrar em campo desde a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil, naquele jogo contra o Vitória, dia 19 de abril, o Paraná demonstrou falta de ritmo. E como o responsável pela distribuição do jogo, Alex Santana, estava fora, o principal reflexo foram os erros de passe. Até Gabriel Dias estava indo tudo bem, mas Zezinho esteve abaixo do restante do time (e depois sofreu uma torção no joelho e acabou saindo), o que fazia com que o time sofresse para que a bola chegasse no ataque.

Como Renatinho e Guilherme Biteco também estavam pouco inspirados, quem sofreu foi o estreante Daniel Morais. Contratado para ser o centroavante que o Tricolor tanto procurava, ele precisava voltar para buscar jogadas no meio. Assim, por todo o primeiro tempo o goleiro Edson, do ABC, não foi ameaçado. Tudo bem que do outro lado Léo também não trabalhou. Isto porque a defesa paranista trabalhava muito bem. Cristovam fazia uma estreia segura, Eduardo Brock e Rayan confirmavam o que muitos diziam durante o Paranaense, que eram os melhores zagueiros do elenco, e Júnior voltava bem à lateral-esquerda.

No segundo tempo, o panorama pouco mudou. A torcida que foi ao Frasqueirão vibrou apenas quando a ambulância que havia deixado o estádio levando um torcedor que caíra da arquibancada voltou e permitiu que o jogo fosse retomado. Chances reais, só duas – uma tricolor, numa falta de Biteco que Edson defendeu; outra alvinegra, num chute de Gegê que Léo salvou.

Com Johny no lugar de Zezinho e Murilo (de volta ao Paraná) na vaga de Robson desde a volta do intervalo, o Paraná não foi melhor do que fora na etapa inicial. Apenas quando Minho, o quarto estreante do dia, entrou no lugar de Biteco, houve um pouco de agito no jogo, mas nada que fizesse o Tricolor chegar perto da vitória. Ah, sim, falei de quatro estreantes, mas só citei três. O quarto, claro, era o técnico Cristian de Souza, que jogou junto com o time, gritou muito durante a partida, e terminou a partida com um semblante tranquilo, de quem gostou do início desta longa jornada.

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