O empate em 1×1 com o Vila Nova, no último sábado (27), em Goiânia, foi comemorado pelo Paraná Clube como uma vitória. Afinal, o time perdia até os 42 minutos do segundo tempo, quando Marlyson conseguiu marcar o gol decisivo. No entanto, a partida mostrou algumas fragilidades do Tricolor, principalmente no primeiro tempo.
Nos 45 minutos iniciais, a equipe paranista foi presa fácil do Tigre. Apático, e com dificuldades de sair do seu campo defensivo, o Paraná sofreu e tentava recuperar a bola a todo momento. O resultado disso foi o gol de Alan Mineiro, aos 37, que colocou os donos da casa em vantagem. Só que, foi a partir disso que o Tricolor mudou a chave em campo.
+ Leia também: Reservas saem do banco pra dar empate ao Tricolor contra o Vila Nova
“Começamos o jogo um pouco perdidos na marcação, pra reagir, e precisamos levar o gol para acordar. Depois, viemos com uma proposta de jogo diferente, Série B é isso aí, definido nos detalhes e no final do jogo. Isso foi importante, de manter este espírito de lutar até o final. Muitos jogos serão assim”, destacou o zagueiro Eduardo Bauermann.
E, de fato, na etapa final foi visto um outro Paraná Clube. Já com uma postura mais ofensiva, lutando pelo resultado, os jogadores não tiveram tanto medo de se expor e brigaram até o final pelo empate, que veio no apagar das luzes.
“Foi um jogo de dois tempos distintos. No primeiro, o Vila Nova teve mais volume, criou e chegou ao gol. No segundo nós é que tivemos volume e conseguimos marcar. Poucas equipes vão conseguir tirar pontos do Vila aqui dentro. Nós voltamos com um ponto e agora vamos trabalhar para buscar a vitória em casa”, analisou o técnico Matheus Costa.
Só que a recuperação, mesmo que merecida, não esconde as dificuldades do elenco paranista, que ao longo dos 90 minutos mudou seu repertório, mostrou que tem alternativas, mas que falta mais precisão. Os erros, principalmente individuais, aconteceram diversas vezes, como passes e posicionamento, na tentativa de sair da marcação.
Falhas que precisam ser corrigidas daqui pra frente, em uma competição tão equilibrada como a Série B. Os próprios atletas, na saída do gramado, foram praticamente unânimes ao ressaltar que é preciso ter essa determinação até o final. “Série B é isso aí, disputa, garra. Nosso time mostrou isso. Sofremos o gol, soubemos sofrer e conseguimos o gol”, resumiu o goleiro Thiago Rodrigues.
+ Veja a tabela completa da Série B
Mesmo assim, Matheus Costa preferiu enaltecer a recuperação do Tricolor ao longo do jogo, se reinventando após os erros, e, principalmente, mostrando que o time está bem servido com as peças que tem, provando que pode brigar pelo G4.
“São vantagens que nós temos quando se tem tempo para treinar. Nosso jogo acabou não encaixando, apesar de termos criado chances de finalização. No segundo tempo buscamos algumas soluções dentro do nosso elenco. Terminamos com uma linha de quatro com um volante e dois atacantes”, explicou o treinador, se mostrando satisfeito até mesmo com os recém-chegados do Athletico, como João Pedro e Matheus Anjos, que tiveram pouco tempo para trabalhar e já foram escalados.
“A Série B é a longo prazo, necessita de um elenco muito forte. Esses jogadores estão fortalecendo o nosso elenco, apesar de se conhecerem há pouco tempo, mas com tempo para trabalhar todos vão se conhecendo e melhorando as nossas jogadas. Hoje temos jogadores que podem exercer mais de uma função, com dois, três atletas disputando uma vaga em cada posição. O resultado que estamos levando se deve ao elenco”, completou.
+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do Trio de Ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!