Não tem jeito. O destino do Paraná Clube em 2018 parece ser um só. Quando a bola não entra e o adversário empurra pras redes nos minutos finais, o castigo de voltar pra Série B parece estar mais próximo. Ontem, na Vila Capanema completamente gelada, a história não foi diferente. Sobraram nervos à flor da pele pra cada paranista. Diante da Chapecoense, a ducha de água fria voltou a cair na cabeça inchada de cada tricolor. 1×1. Mais um tropeço, que afunda o Paraná na lanterna do Campeonato Brasileiro. Uma vitória contra o Santos, domingo, também em Curitiba, pode dar um respiro para um time que ainda respira com a ajuda de aparelhos.
No gramado, o primeiro tempo difícil para o Paraná Clube, que não conseguiu jogar até os 25 minutos, praticamente. O Tricolor não marcou bem e nem saiu para o jogo com qualidade. Era claro que a equipe de Claudinei Oliveira estava ansiosa. Mas, muito mais que isso. Era claro que o time paranista é muito fraco. O Paraná usou e abusou das ligações diretas. Era chutão pra tudo quanto é lado.
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Quando saía de trás, o Tricolor não fazia uma triangulação sequer. A defesa, composta por René Santos e Rayan, lançava pro campo de ataque e não tinha ninguém pra manter a posse de bola no campo ofensivo. A Chapecoense, por outro lado, teve muito mais lucidez no gramado. Tanto que os catarinenses terminaram a primeira etapa com mais posse de bola.
Como a tal posse não quer dizer nada, acabou prevalecendo, por incrível que pareça, as jogadas de bola parada a favor do time da casa. Aliás, o técnico Claudinei Oliveira tinha ressaltado que esse tipo de jogada seria muito trabalhada durante a semana. De fato, gerou resultado. Foram três boas chances no primeiro tempo. Até que o Tricolor chegou ao seu gol.
Aos 38 minutos, após escanteio, o volante Leandro Vilela desviou no primeiro pau e a bola sobrou limpa para o atacante Rafael Grampola, enfim, desencantar, marcando o seu primeiro gol com a camisa vermelha, azul e branca.
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Para o segundo tempo, a Chapecoense deu ainda mais espaço, já que teria que partir pra cima. Com isso, o Paraná teve mais oportunidades nos contra golpes. Em um deles, logo nos minutos iniciais, o lateral-esquerdo Igor soltou um petardo. A bola só não morreu no lugar que a coruja dorme por conta do goleiro Jandrei.
Percebendo que a velocidade seria a alternativa pra ampliar o placar, Claudinei Oliveira promoveu a estreia do atacante Deivid e meteu Maicosuel. Já na primeira jogada, o estreante deu aquele pique e rolou pra Caio Henrique finalizar por cima. O Paraná mostrava mais organização e se dava melhor do que no primeiro tempo. Mas lá atrás, foram muitos sustos sofridos. Aos 41 minutos veio o castigo. Diego Torres bateu falta belíssima. Richard nem se mexeu. Estava decretada mais uma noite pra se esquecer na Vila.
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