Com 23 reforços para o Campeonato Paranaense, o Paraná Clube viu nove desses jogadores saírem durante a temporada, seja por propostas melhores ou dispensas naturais. Para a Série B, a direção reforçou com mais 11 e ainda repatriou outros dois atletas que estavam emprestados. Uma mescla que iniciou bem a temporada e vive momentos de incerteza nesse início de semestre. Os 34 contratados são o maior número da gestão “Paranistas de Bem”, no poder desde março de 2015.
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Após uma primeira fase praticamente soberana no Estadual, com liderança e bom futebol, o Tricolor caiu para o rival Atlético nas quartas de final. Apesar disso, foi avançando na Copa do Brasil e na Primeira Liga – no torneio nacional, o time acabou eliminado depois para o Atlético-MG, nas oitavas de final, enquanto está nas quartas de final da competição regional, enfrentando o Flamengo em agosto.
O bom desempenho fez a equipe chamar a atenção no mercado da bola e o técnico Wagner Lopes acabou seduzido por uma proposta irrecusável do futebol japonês. O lateral-direito Diego Tavares e o zagueiro Airton foram parar no Avaí, que disputa a Série A – o primeiro ainda tem vínculo com o clube -. Alex Santana foi chamado pelo Internacional após bom rendimento com a camisa paranista.
Tirando esses casos, a diretoria mexeu no elenco por opção própria. Os atacantes Bruno Cantanhede e Ruben Bettancourt já saíram do clube, além do ala Kayke que voltou para o Inter. O defensor Artur Jesus retornou pro Fluminense, assim como zagueiro Lucas Kal e o atacante Pedro Bortoluzzo, devolvidos para o São Paulo. Por fim, ainda tem o meia Jonas Pessali, que faleceu dias depois da dispensa em um acidente de carro.
Para a disputa do Brasileiro, o clube já contratou 11 jogadores: o goleiro Richard, os alas Cristovam e Assis, os zagueiros Wallace e Maidana, o meia João Pedro e os atacantes Daniel Morais, Minho, Alemão, Felipe Augusto e Rafhael Lucas. Vale ainda destacar que Murilo Rangel e Luiz Otávio, meio-campistas, foram reintegrados após empréstimos.
Durante todo o ano, o Paraná já utilizou 43 atletas em campo – o que menos teve participação, além dos reforços que ainda não estrearam, foi o centroavante Rafinha, com apenas quatro minutos. Curiosamente, inclusive, o setor que o executivo de futebol, Rodrigo Pastana, responsável pela montagem do elenco, mais contratou é o menos eficiente. A direção trouxe 13 jogadores para o ataque e nenhum vingou até agora.
Confira a tabela completa da Série B!
Sétimo colocado da Série B, o Tricolor tem a defesa menos vazada da competição, com sete tentos em 11 jogos, mas possui o quarto pior ataque, com nove gols. A falta de equilíbrio e o desempenho irregular, principalmente após a chegada do desconhecido técnico Cristian de Souza, uma aposta de Pastana, fazem a torcida voltar a desconfiar mesmo com o G-4 a três pontos de distância.
Comparação
O ano de 2017 reflete com o maior número de contratações desde a chegada do grupo “Paranistas do Bem” ao comando do clube paranaense. De março de 2015, após a renúncia de Rubens Bohlen, até o momento, a gestão contratou 88 atletas. Foram 30 há dois anos, 25 no ano passado e 33 nesta temporada – o prazo de inscrição se encerra em setembro, podendo aumentar ainda mais. Vale lembrar que, em 2015, o vice Luiz Carlos Casagrande assumiu até as eleições, vencidas por Leonardo de Oliveira. Ambos, entretanto, estavam alinhados na mesma gestão desde a saída por pressão do ex-presidente.
OS REFORÇOS DO PARANÁ CLUBE:
Goleiro: Léo e Richard
Zagueiros: Brock, Rayan, Airton, Artur Jesus, Lucas Kal, Maidana e Wallace
Laterais: Junior, Igor, Cristovam, Kayke e Assis
Volantes: Gabriel Dias e Alex Santana
Meias: Renatinho, Jonas Pessalli, Zezinho, Guilherme Biteco, João Pedro
Atacantes: Ítalo, Bruno Cantanhede, Matheus Carvalho, Ruben Bentancourt, Pedro Bortoluzzo, Felipe Alves, Nathan, Rafinha, Daniel Morais, Minho, Alemão, Felipe Augusto e Rafhael Lucas