Começou ontem uma nova era no departamento de futebol do Paraná Clube. Depois de algum mistério, o presidente Leonardo Oliveira apresentou oficialmente o novo comando do setor na luta pelo acesso à primeira divisão. Como já era esperado, Marcelo Martelotte substitui Claudinei Oliveira como técnico do Tricolor. A novidade ficou por conta da apresentação do ex-jogador Hélcio, que por 11 anos empresariou diversos jogadores, e agora será o superintendente executivo de futebol paranista para a continuidade da temporada.

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O novo treinador chega com cartaz. No ano passado, Martelotte assumiu o comando do Santa Cruz com o time na zona de rebaixamento e conduziu a equipe pernambucana à primeira divisão depois de dez anos longe da elite nacional. Esse é quase o mesmo tempo que o Paraná está na Série B. E as coincidências não param por aí, já que Martelotte, há exatamente um ano atrás, estava sendo apresentado como novo técnico da Cobra Coral.

“Me apresentei no mesmo dia que me apresentei ao Santa Cruz. São semelhanças, para quem gosta de superstição. Não existe fórmula. São clubes diferentes, elencos diferentes, mas existe uma maneira de trabalhar, de se posicionar com relação a situações que acontecem sempre no futebol para fazer as coisas darem certo, para que tornem nosso time vencedor. Existem muitas diferenças. Em termos de classificação e pontuação o Paraná está melhor do que encontrei o Santa Cruz ano passado. Essa motivação é ainda maior, pois temos totais condições de fazer um trabalho tão bom quanto do ano passado, e chegar a um resultado tão bom quanto do ano passado”, frisou o treinador.

Apesar de ter conseguido o acesso pelo Santa Cruz, Martelotte afirmou que na Série B não existe receita de bolo e que é preciso achar o equilíbrio necessário durante a competição nacional para conseguir entrar no G4 na hora certa.

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“Você precisa estar entre os quatro melhores depois da 38ª rodada. Não adianta ter muita ansiedade para entrar no G4 de qualquer maneira. O importante é você ter um trabalho bem equilibrado, conseguindo manter o time entre os primeiros para, na hora que você conseguir arrancar dentro do campeonato, é fundamental para conseguir os objetivos. O trabalho do dia a dia e a evolução da equipe vão determinar a nossa possibilidade. O Paraná tem um grupo com qualidade e capaz de brigar por uma posição mais em cima para, a partir desse momento, ser considerado um dos candidatos ao acesso”, prosseguiu Martelotte.

Conflito?

Questionado sobre a sua continuidade como empresário, inclusive do atacante Henrique, Hélcio, que brilhou por nove anos com a camisa paranista, esclareceu que encerrou a empresa que tinha e também o vínculo que tinha com os atletas. O projeto tricolor e a vontade de ajudar o clube fizeram o ex-jogador abandonar sua carreira como empresário para ser, a partir de hora, o homem-forte do futebol do Tricolor.

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“Senti muito de largar isso. Mas tenho uma história dentro do clube. Foram nove anos de conquistas, derrotas, acessos. Então, o planejamento o clube já tem. Estou entrando pelo projeto do clube. Sei que a torcida está esperando e junto a gente quer traçar um caminho só, encontrar uma harmonia e tentar fazer de tudo para levar o Paraná a ser grande. O Paraná é grande e por muitos anos a gente viu o sofrimento que o clube passou e o esforço que essas pessoas agora estão tendo. Vim por eles e pela história do Paraná”, esclareceu Hélcio.

Hélcio, que por ser empresário sempre teve um bom relacionamento com a atual diretoria paranista, reafirmou que não tem mais ligação nenhuma com Henrique. “Questionamentos vão ter. O Henrique não é mais jogador do Hélcio. É do Paraná. Vou ser a pessoa que possa cobrar e o Marcelo pode tirar ele da equipe a hora que be,m entender. Gostaria que essas perguntas que estou respondendo hoje não se repitam e para frente não quero mais tocar. É um novo ciclo da minha vida”, arrematou.

Conforto! Veja mais sobre o futebol paranaense na coluna do Mafuz!