VEJA COMO FOI O JOGO DO ACESSO NO NOSSO TEMPO REAL!
A caminhada pode ter começado lá mesmo, naquele dia 2 de dezembro de 2007, quando o Paraná perdeu para o Vasco na última rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano. Parecia que não seria um período tão longo. Mas os inúmeros erros cometidos por seguidas diretorias, que dilapidaram o clube, fizeram com que uma possível estadia passageira na Segundona se transformasse num martírio.
Que em alguns momentos parecia sem fim. Tempos em que o distanciamento entre time e torcida era gigante, em que não havia sequer motivação para convocar um torcedor que estava cansado de tantos erros. Chegou-se a falar que o Paraná “iria acabar”.
CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO DA SÉRIE B!
Em 2017, uma política de pés no chão e de fim da influência dos empresários dentro da Vila Capanema era, a rigor, um primeiro passo. Dentro do clube, o plano era de ter um ano sem sustos, para montar as bases de um trabalho mais fortalecido em 2018. Mas o time deu liga desde o início. E isso graças ao trabalho de Wagner Lopes, um dos grandes responsáveis pelo acesso, mesmo tendo saído para o futebol japonês antes da Série B. Foi ele quem montou uma organização tática sólida, vista ainda hoje no Tricolor.
Além dele, um grupo de jogadores que assumiu o desafio do clube. Jogadores que estão além do limite físico, alguns jogando no extremo sacrifício, mas que tomaram o acesso do Paraná como também o seu acesso a um futuro melhor no futebol brasileiro. Em jogos incríveis no Campeonato Paranaense, na Primeira Liga, na Copa do Brasil e, claro, na Segundona, os boleiros mostraram que queriam ver o Tricolor em uma situação melhor.
Esse Paraná precisou passar por diversos percalços. A saída antecipada do Estadual, a perda de Wagner Lopes, a negociação de Léo com o Atlético, as dificuldades durante a Série B, as atitudes temerárias de Lisca, o desgaste físico, o final tenso para um grupo jovem liderado por um técnico jovem. E passou por tudo até chegar ao dia 18 de novembro de 2017.
Contra o CRB, superando pressão, ansiedade, cansaço e o calor, o Tricolor venceu. Venceu principalmente por centenas de milhares de torcedores. Venceu por um torcedor em especial, que abdicou da vaidade da profissão e virou um símbolo, o goleiro Marcos. Venceu por todos os desafios que cada um – torcedores, jogadores, comissão técnica, dirigentes – teve que vencer.
O Paraná Clube subiu para a primeira divisão. Vai contar com um aporte financeiro que mudará o patamar do clube. Mas, acima de tudo, fará sorrir seu torcedor, que chorou desde aquele 2007, e hoje também chora, mas de emoção e de imensa felicidade.