O Paraná Clube vive um momento complicado dentro de campo e isso pode ser reflexo do que está acontecendo fora das quatro linhas, nos bastidores do Tricolor. Sem vencer há seis jogos e com 24 pontos somados, a equipe está na décima colocação na tabela e o baixo aproveitamento, de acordo com o técnico Matheus Costa, está ligado a questões financeiras. O comandante destacou que o clube passa por um processo e, a longo prazo, pode voltar a figurar entre os maiores.
Após o empate em 0x0 com o Atlético-GO na última terça-feira (20), na Vila Capanema, o comandante falou que apesar de entender as exigências em cima do time que não está rendendo como o esperado, é preciso compreender a realidade que se vive dentro do Paraná Clube. “O torcedor quer o resultado imediatamente, a cobrança existe, mas temos que saber hoje a nossa realidade também financeira. O clube passou por um momento turbulento, mas com a venda do Jhonny Lucas tudo vai voltar ao normal”, disse.
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A referência de Matheus Costa é em relação ao dinheiro que entrará nos cofres paranistas por conta da venda do volante Jhonny Lucas, que já está no Sint-Truidense, da Bélgica. O clube não divulgou oficialmente as cifras que envolvem a transferência do jogador, mas acredita-se que o Tricolor vá embolsar 2,3 milhões de euros (R$ 10,3 milhões) com o negócio e ainda ficar com 10% dos direitos do atleta para futuras vendas. Esta, portanto, deve ser a salvação do time para o restante da temporada 2019.
Ainda que seja de conhecimento de todos que o orçamento do Paraná é enxuto, não há nada alarmante em relação a atrasos de pagamentos a jogadores atualmente. O fator financeiro que traz impacto ao trabalho de Matheus Costa, ao que tudo indica, é o fato de ele não poder contar com um elenco mais qualificado. O comandante chegou a comentar que, quando perde peças importantes, não consegue fazer substituições à altura. Com o dinheiro da venda de Jhonny Lucas em mãos, a tendência é que haja mais contratações no Tricolor.
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Mesmo precisando trabalhar com forte controle financeiro, o técnico ressaltou o quanto gosta do Paraná e, por isso, quer sempre preservar seus jogadores de situações incômodas. O comandante gostaria que o torcedor entendesse com paciência o processo evolutivo que o clube passa. “Eu tenho muito carinho por esse clube, pelo nosso torcedor e pelos atletas e tento sempre blindar ao máximo algumas situações. Mas nós temos que saber a nossa realidade, o clube passa por um processo”, detalhou, relembrando os momentos críticos vividos até aqui pelo Tricolor.
“O Paraná era um dos grandes na década de 1990, mas depois, por vários motivos, passou uma crise financeira muito crítica. Estamos nos reformulando e o Paraná tem tudo para ser grande novamente, porém existe um caminho longo a ser seguido”, arrematou.
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