Uma expectativa que muitos torecores até esqueceram como era. Uma contagem regressiva especial, uma “vida nova” que enfim está chegando. Falta uma semana para o Paraná Clube reiniciar sua trajetória na primeira divisão do futebol brasileiro. Será na próxima segunda-feira, dia 16, contra o São Paulo, às 20h, no Morumbi – já, portanto, em um horário nobre, fechando a primeira rodada do Campeonato Brasileiro. E se há muitas dúvidas em relação ao time que vai encarar a Série A, há também uma ansiedade para esse recomeço.
- Raphael Alemão foi uma das revelações do Campeonato Estadual
- Silvinho jogou no Criciúma e estava atuando na Ponte Preta
- Cléber Reis é o xerifão que o Paraná tanto procurava
- E Léo Itaperuna passou pelo Arapongas, mas tava no São Bento
A última vez em que isso aconteceu foi em maio de 2007. A estreia do Tricolor no Brasileirão daquele ano foi pra lá de bem sucedida: vitória por 3×0 na Vila Capanema sobre o Grêmio, com dois gols de Josiel (que acabou artilheiro daquele campeonato) e um de Lima. O início promissor acabou em tristeza, com o rebaixamento e os dez anos seguintes de decepções na Série B. Mas a volta à elite, conquistada ano passado, reacendeu o sentimento paranista nos torcedores, e há uma esperança que o retorno à elite seja duradouro – dentro do clube, há a certeza de que a viabilidade financeira do clube depende muito da permanência na primeira divisão.
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Mas a torcida alia neste momento a expectativa e a preocupação. A má campanha no Campeonato Paranaense, com uma leva de contratações frustradas, jogaram pressão na diretoria – principalmente no executivo de futebol, Rodrigo Pastana. A ponto de um grupo ter levado na tarde de sábado uma série de reivindicações e cobranças em uma carta, entregue ao gerente Marcos. O ex-goleiro também foi o responsável por conversar com os torcedores na Vila Capanema, antes do jogo-treino contra o Joinville, vencido pelo time catarinense por 2×0.
O “pacotão” do início da temporada fracassou. Foram 18 contratações até a de Carlos Eduardo, a última que foi efetivada para o Paranaense. Destes, poucos (entre eles o camisa 10) emplacaram, o que se pode ver tanto pela nova fornada de reforços que foi anunciada durante a semana passada, quanto pela utilização praticamente imediata deles pelo técnico Rogério Micale.
No jogo-treino contra o Joinville, apenas seis jogadores que enfrentaram o Londrina na semifinal da Taça Caio Júnior estavam no início do trabalho: Richard, Alemão, Rayan, Mansur, Wesley Dias e Carlos Eduardo. Os outros são novidades: Cléber Reis, Caio Henrique, Léo Itaperuna e Raphael Alemão, recém-contratados, além de Luan Viana, atacante que chegou no início do ano e só teve a documentação liberada nos últimos dias.
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Isto sem contar os retornos de Minho (que já participou do jogo-treino), Jhony e a esperada volta de Guilherme Biteco, que pode ser considerado hoje o principal nome do Tricolor, ao lado de Richard. Será um time muito diferente do que começou a temporada, com novas referências técnicas como Carlos Eduardo e Cléber Reis, mas que terá pouquíssimo tempo para se arrumar. Ainda mais com um início complicado de Brasileirão – após o São Paulo, o Paraná encara Corinthians e Sport Recife. Mas, por mais que a dificuldade aumente muito, não tem torcedor que queira trocar essa tensão pré-Série A do que as desilusões dos últimos anos.