Ladeira abaixo

Paraná Clube encara a realidade cruel do Brasileirão

Tricolor acumula o maior jejum de vitórias da história dos pontos corridos. Foto: André Rodrigues.

Técnico novo, problemas velhos. A estreia de Dado Cavalcanti no Paraná Clube não foi suficiente para amenizar as falhas do time em campo. Logicamente, o tempo do comandante até agora foi mínimo e seria impossível que realizasse grandes mudanças na equipe, porém, a fragilidade do elenco fica escancarada a cada rodada. A derrota por 4×0 diante do Flamengo, no último domingo (21), fez com que o recém-chegado técnico reforçasse o discurso de seu antecessor, de que será fundamental terminar o Campeonato Brasileiro com alguma dignidade. Serão oito jogos que o time terá para o fim da temporada, e esse também será o tempo utilizado para o início de um possível planejamento assertivo para 2019.

“Neste momento tenho duas funções paralelas que serão feitas e vou tomar cuidado para não misturá-las. Uma delas é a prospecção de 2019. Sabemos que a nossa condição é ruim. Não posso comprometer resultados de jogos, porém, tem coisas que já vão acontecer visando o ano seguinte”, avaliou Dado, que deve começar a testar algumas peças da base nessas partidas restantes, visando o ano que vem. Além disso, será o momento ideal para avaliar quem do elenco tem condições de permanecer.

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Com a derrota da última rodada, o Paraná Clube se firmou com a pior sequência negativa em toda a era do Brasileirão de pontos corridos. São 12 derrotas e 4 empates. Somando 16 jogos sem triunfos, a equipe superou a marca do São Caetano, em 2006, e do América-RN, em 2007, que contabilizavam 15 partidas ‘na seca‘. A última vez que o Tricolor comemorou os três pontos foi no dia 22 de julho, pela 14ª rodada. O ‘feito‘ foi há três meses, no 1 a 0 sobre o América-MG, no Durival Britto.

Para Dado, ainda que a realidade seja cruel, é ainda possível evitar que a marca negativa aumente ainda mais.

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“Acredito que podemos quebrar essa sequência. Podemos evoluir ainda neste ano, com as peças que temos. É tocar com seriedade. Ninguém aceita algo pior do que aconteceu. É buscar aqui dentro para que a gente faça jogos diferentes, mais consistentes e equilibrados”, avaliou.

O Tricolor tem pela frente quatro jogos como mandante e outros quatro como visitante. Na Vila Capanema, o time recebe o Vitória, o Atlético-MG, o Palmeiras e o Internacional. Já nas partidas fora de casa, encara o Cruzeiro, o América-MG, o Ceará e o Botafogo.

“São oito jogos pela dignidade, para acima de tudo preservar a instituição, a camisa. Não estou acostumado a isso, com uma sequência de derrotas, a perder de 4×0 e isso não pode virar um hábito. Temos que avaliar como terminar o campeonato com menos ’dor’‘, arrematou.

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