Em mais um processo trabalhista sofrido, o Paraná Clube foi condenado a pagar R$ 260 mil ao zagueiro João Paulo, que atuou no Tricolor em 2016. O valor refere-se a atrasos de três meses de salário, 13º, férias e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A audiência que determinou o valor direcionado ao atleta aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, em Curitiba, neste mês, e não contou com a presença de nenhum representante paranista.
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O jogador foi contratado no final de maio daquele ano e assinou com o Paraná Clube até o fim da disputa da Série B. Com salário de R$ 25 mil, o zagueiro atuou em 22 jogos naquele ano. Do valor total que ele deveria receber mensalmente, R$ 23.500,00 referiam-se a direitos de imagem e R$ 1.500,00 na carteira de trabalho, além de contar com mais R$ 2 mil em auxílio moradia. O zagueiro também contava com valores referentes às concentrações, bichos e outros bônus.
João Paulo alegou que não teria recebido direitos de imagem dos meses de setembro, outubro e novembro, além dos salários de outubro e novembro. Também afirmou que não contou com o 13º salário e as férias, assim como a rescisão.
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Na época em que o processo foi aberto, o departamento jurídico do Tricolor se defendeu dizendo que não tinha condições de pagar os débitos e comprovou isso mostrando extratos bancários do clube com saldo negativo que atingia quase R$ 200 mil. O argumento foi reforçado com a evidência das dívidas, que passavam de R$ 73 milhões.
Porém, com a volta do time à Série A e, por consequência, o aumento do faturamento, o Paraná Clube vem, aos poucos, pagando suas contas. Os ganhos com cotas de TV pelo Brasileirão, por exemplo, saltaram de R$ 4,6 milhões para perto de R$ 30 milhões. O clube firmou em março deste ano o Ato Trabalhista, com a finalidade de destinar 20% da arrecadação total para quitar dívidas na Justiça. A iniciativa reúne cerca de 225 processos, incluindo a ação de João Paulo. Quando criado, o Ato tinha a meta de quitas as dívidas trabalhistas até o final de 2019.
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De acordo com o balanço financeiro de 2017, o débito trabalhista era de R$ 34 milhões, mas a estimativa é que R$ 9 milhões tenham sido usados até agora para diminuir a dívida.
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