A reunião do Conselho Deliberativo do Paraná Clube, que aconteceu na última quinta-feira (26), na sede da Kennedy, não foi decisiva para que uma solução para a crise financeira fosse encontrada. Participaram da assembleia cerca de 60 conselheiros, que discutiram os problemas que o Tricolor enfrenta, porém nenhuma saída imediata foi estabelecida.
Durante a assembleia, o presidente Leonardo Oliveira falou sobre a gravidade da situação que o clube atravessa. Nenhuma alternativa diferente foi apresentada para que se buscassem as verbas necessárias.
Com isso, ficou decidido, pelo Conselho Deliberativo, que o Paraná seguirá com a mesma estratégia, trabalhando para encontrar um parceiro que possa arrendar o departamento de futebol. Porém, nada foi detalhado em relação ao futuro.
Sem dinheiro para quitar os atrasos e sem parceiros, com baixo número de sócios e sem expectativa de cotas de TV no Campeonato Paranaense, restará ao clube esperar por um milagre.
A situação é grave. O Tricolor deve salários de outubro, novembro e dezembro, além de férias, 13º e direitos de imagem. Muitos jogadores estão acionando o clube na Justiça para rescindir o contrato por conta da falta de pagamento.
A esperança era que alguém quisesse concorrer para o arrendamento do departamento de futebol paranista, mas nenhum candidato surgiu. O Paraná precisa de R$ 2,3 milhões para colocar as contas do ano em dia, valor que foi pedido para algum empresário que tivesse interesse em assumir o futebol.
Renúncia?
Diante de tantas dificuldades, Leonardo Oliveira já considera renunciar ao cargo. O presidente conversou sobre a situação com algumas pessoas e cogita deixar o Tricolor. Muito também por conta da pressão interna, com conselheiros exigindo mudanças, o que poderia forçar uma saída do atual mandatário paranista.
Indefinições que seguem e deixam o futuro do clube incerto. No próximo dia 2 de janeiro o time deveria começar a pré-temporada, mas o grupo conta com apenas 11 jogadores e nem técnico ainda tem. O auxiliar Allan Aal é quem deve comandar a equipe neste momento.
Nas redes sociais, muitos funcionários relatam a situação caótica que estão vivendo, sem garantias de que vão receber os pagamentos atrasados e que estão sendo até despejados de suas casas, sem nenhuma resposta da diretoria.