No dia em que vai definir a reeleição do presidente Leonardo Oliveira por mais três temporadas, o Paraná Clube já vê o rebaixamento à segunda divisão como uma realidade para a próxima temporada. Desde o início, a diretoria sabia das dificuldades que encontraria neste retorno do clube à primeira divisão depois de dez anos de sofrimento na Série B, mas chegar agora, no pleito para a definição presidencial para os próximos três anos, virtualmente rebaixado, certamente não estava nos planos do atual mandatário do Tricolor.
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Neste seu retorno à primeira divisão, o Paraná Clube faz uma campanha vexatória. Conseguiu apenas três vitórias em 26 jogos e, por isso, tem atualmente 99% de chances de rebaixamento, segundo o site Infobola, do matemático Tristão Garcia. Somente uma reação histórica e pouco provável fará o Tricolor evitar a queda.
Serão mais 12 jogos para o Paraná Clube tentar essa missão praticamente impossível, ou pelo menos não ficar marcado com uma das piores campanhas da história dos pontos corridos. Os números até agora são assustadores. Mas são reflexo do time pouco competitivo que a diretoria conseguiu montar para representar o Tricolor neste retorno à elite.
Para disputar a primeira divisão, o Paraná Clube apresentou um elenco menos competitivo do que o que conseguiu montar no ano passado, quando conquistou o acesso à primeira divisão e teve resultados expressivos contra grandes clubes nas disputas da Copa do Brasil e da Primeira Liga. As escolhas foram erradas e não à toa o então executivo de futebol paranista, Rodrigo Pastana, que tinha carta branca no departamento de futebol do clube, acabou sendo demitido na semana passada.
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Além das escolhas erradas, o Tricolor, apesar do aumento significativo da receita de televisão neste ano, sofreu com a falta de orçamento para investir mais em contratações para a disputa do Campeonato Brasileiro. Por conta disso, errar na hora de contratar foi fatal para o clube nesta provável queda à segunda divisão.
Mas apesar da campanha vexatória neste Brasileirão, nem tudo são lamentações para o Paraná Clube nesta temporada, sobretudo no que se refere aos bastidores. Leonardo Oliveira, que também recebe um salário para ser o interventor judicial do clube, seguiu o plano de pagar dívidas de acordo com o ato trabalhista, onde 20% das receitas do clube foram destinadas ao pagamento de passivos.
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Em 2019, caso o rebaixamento se confirme, o Tricolor terá uma queda dessa verba de televisão de cerca de R$ 23 milhões para R$ 6 milhões. Assim, a diretoria, agora com o ex-goleiro Marcos à frente do departamento de futebol, terá que ter novamente a capacidade de fazer um time mais competitivo com menos dinheiro para tentar recolocar o clube na Série A de 2020.
Neste ano, além do aumento da verba de televisão, o Paraná Clube também aumentou suas receitas com patrocinadores e que deu a condição de a diretoria também investir na estrutura física da Vila Capanema e do CT Ninho da Gralha. O Tricolor, também, caso seja de fato rebaixado, chegará à Série B mais estruturado para conseguir brigar já neste primeiro ano para retornar à elite.
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