Quando aceitou retornar ao Paraná Clube, o técnico Wagner Lopes sabia que teria pela frente um grande desafio: manter o time na Série A em 2018. Porém, antes que a competição nacional se inicie, o treinador vem encontrando dificuldades para que o time encaixe já no Campeonato Paranaense. Até o momento foram duas derrotas e um empate no Estadual. Como esteve no Tricolor de janeiro a maio do ano passado e, ao contrário deste início de temporada, conquistou bons resultados, Lopes não quer que sejam feitas comparações.
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“A gente não pode comparar o time do ano passado com este time, porque as expectativas são outras. Na minha visão ninguém merece ser comparado com ninguém, porque cada um tem uma história ímpar, cada ser humano é único”, disse o treinador referindo-se a como cada atleta tem que passou ou que está no clube tem suas particularidades.
“Não dá para comparar quem estava aqui no ano passado com quem está hoje. São pessoas diferentes, com talentos diferentes, com personalidades diferentes, com fome diferente. Todos eles querendo (vencer), é óbvio, mas a percepção, o entendimento, são diferentes”, explicou o treinador.
As cobranças por parte da torcida por um desempenho melhor na competição regional não são por acaso. Em 2017, no Paraná, Lopes conquistou números expressivos: foram 20 jogos com 12 vitórias, seis empates e duas derrotas, um total de 70% de aproveitamento. No Paranaense, o Tricolor fez a melhor campanha da 1ª fase do Estadual, mas acabou eliminado nas quartas de final pelo Atlético. Sob o comando do técnico o time também conquistou vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil e nas quartas de final da Primeira Liga.
Sobre o fraco começo no Estadual, o comandante paranista falou sobre as dificuldades de se iniciar a temporada sem o time formado. “Não dando justificativa, porque a responsabilidade é do treinador, mas nós estamos em um desenvolvimento e no ano passado tivemos uma sequência difícil, mas um pouco mais branda, agora o tempo de preparação foi mais curto. Ano passado tivemos mais tempo de preparação da parte física, este ano não tivemos nem tempo de fazer amistosos”, contou, referindo-se a apenas um jogo treino que o Paraná fez contra o Operário.
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Apesar do início complicado, Lopes explicou que o objetivo é que em breve o time esteja mais encaixado. “Temos muito a melhorar, mas não acho justo comparar o que aconteceu ano passado. Por exemplo, ano passado começamos a pré-temporada com 28 atletas, este ano tínhamos 17. Não tinha nem como fazer um treino de 10 contra 10. Para simular o balanço das linhas, por exemplo, precisa de 20. Aí foram chegando mais jogadores, porém cada um em um estágio diferente de condicionamento físico, então os trabalhos em equipe ficam comprometidos. Estamos trabalhando para termos um bom resultado o mais rápido possível”, concluiu o comandante do Tricolor.
