Subir em um caminhão de bombeiros era uma prática um tanto quanto comum para o Paraná Clube nos anos 90. Quando ainda era uma “criança” no futebol brasileiro, o Tricolor já colecionava títulos, fazia a alegria de sua torcida e possuía cada craque. Como se esquecer de Régis defendendo a meta? Ou até de João Antônio e o seu voleio espetacular contra o Athletico? Não tem como não citar o “Bagaço” Adoílson. Tinha também Hélcio, o “Deus da Raça”. Ednelson “Vampiro” e sua bomba de canhota. Saulo. O Tigre da Vila. O maior artilheiro da história do Paraná.

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E quem aí não lembra do Couto Pereira lotado, com aquelas ondas de papel higiênico, foguetórios e muita fumaça para receber a seleção vermelha, azul e branca que subia pelas escadarias do Alto da Glória?
Bons tempos. Tempos em que atletas defendiam a camisa do clube como se fosse um verdadeiro tesouro. A última “subida” em um caminhão de bombeiros só veio a acontecer no ano passado. Um ano de lágrimas, sofrimento e, por fim, alívio. 2017 foi especial. A conquista do acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro, após um longo período no segundo escalão, foi motivo de muita festa.

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O ano passado valeu cada segundo na Vila Capanema. Marcou a volta do torcedor ao estádio. A torcida pegou o time no colo e o levou à elite novamente. “Um sentimento que nunca acabará”, gritavam os torcedores a cada vitória, enquanto erguiam os seus celulares, iluminando os fins de tarde ou as noites memoráveis no Durival Britto e Silva.

Nesta temporada, torcida paranista compareceu em grande número apenas no jogo contra o Corinthians. Foto: Arquivo.

Muitos já sabiam que a caminhada em 2018 seria diferente. As pedras no caminho seriam muito maiores. Porém, o que qualquer paranista não esperava era que o aniversário de 29 anos do Tricolor, comemorado nesta quarta-feira, 19 de dezembro de 2018, fosse tão “pra baixo”. Quem fala que foi uma temporada pra se esquecer, está errado. A diretoria paranista deve se recordar muito bem para não repetir os erros nos próximos anos.

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O retorno à elite foi um grande fracasso. Que seria difícil, ninguém duvidava. Mas, ser rebaixado, sem esboçar qualquer reação, foi um baque pro paranista, que deixou de ir ao estádio, pois não aguentava mais ver tantos Itaperunas da vida no gramado sagrado de sua Vila Capanema.

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O que cada torcedor do Paraná Clube pode comemorar nestes 29 anos são as glórias do passado e a reestruturação suada no presente. Os salários não estão mais atrasados no clube, não tem mais do que jogador reclamar. As tradicionais greves não aconteceram mais. Agora, o que o paranista quer é bola na rede e que a estante volte a ficar cheia de taças.

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