Com Dado ou sem Dado pra Série B? Essa era uma dúvida que pairava no pensamento dos torcedores do Paraná Clube, após a eliminação no Campeonato Paranaense, no último fim de semana. Dois dias depois e a solução da diretoria do Tricolor foi mesmo pela demissão do treinador, que deixa o clube junto com o auxiliar Pedro Gama e o preparador físico Rodrigo Rezende.
Após 22 jogos nesta segunda passagem pelo Paraná, o comandante conquistou apenas seis vitórias, empatou sete empates e nove derrotas. O aproveitamento foi de apenas 37,9%. No clube desde a reta final do Brasileirão do ano passado, Dado não conseguiu uma evolução do Tricolor em 2019. Aliás, quando o Paraná entrou em campo pela primeira vez na temporada, o torcedor já pôde observar que seria mais um começo de ano complicado pela frente. Contra o Operário, na Vila Capanema, o Tricolor perdeu por 1×0 em um jogo que mostrou uma renovação praticamente total em sua equipe.
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Eram apenas quatro remanescentes do elenco que acabou rebaixado para a Série B: o goleiro Thiago Rodrigues, o lateral-esquerdo Juninho e os jovens atacantes Andrey e Keslley. O resto da equipe era formado por caras novas. Por isso, o desentrosamento foi a marca do primeiro duelo da equipe do técnico Dado Cavalcanti.
Na sequência veio um alento com a goleada sobre o fraco time do Foz do Iguaçu. Os empates sem gols contra Maringá e Toledo, fora de casa, voltaram a mostrar as fragilidades do Paraná no início do ano. O Tricolor teve até então um bom desempenho no clássico contra os aspirantes do Athletico. Entretanto, novas falhas acabaram deixando a vitória escapar.
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Mesmo assim, o elenco paranista seguiu confiante para a estreia na Copa do Brasil e massacrou o Itabaiana-SE com uma goleada por 5×2. O bom momento foi confirmado com a vitória sobre o Londrina, por 2×1, no estádio do Café, que quase levou o time às semifinais da Taça Barcímio Sicupira. Mas, a esperança de dias melhores acabou indo ladeira abaixo justamente contra o próprio Tubarão.
Desta vez, pela segunda fase da Copa do Brasil. O Paraná acabou sendo eliminado nos pênaltis pelo rival e o abalo no clube foi geral. O Tricolor contava com a premiação para sanar algumas dificuldades financeiras, além, é claro, de ganhar moral pra sequência da competição nacional e até mesmo para o Estadual.
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O caminho foi inverso. Após mais de duas semanas sem jogos, a expectativa era que o time voltasse voando pra Taça Dirceu Krüger. Que nada! Na estreia contra o FC Cascavel, o gol da vitória foi marcado no último minuto, após muito sofrimento. O triunfo fez com que mais de dez ônibus com torcedores paranistas descessem a Serra do Mar para acompanhar a equipe contra o Rio Branco, em Paranaguá. E a frustração foi grande com a derrota e a péssima apresentação.
O fraco rendimento foi repetido na Vila Capanema com o tropeço frente ao Cianorte. Na sequência, veio a goleada sobre o Cascavel CR, que pouco ajudou a levantar o moral do grupo. No jogo derradeiro, contra o Coritiba, no último fim de semana, o time de Dado Cavalcanti pouco fez. Mais uma derrota e mais uma eliminação precoce e decepcionante. Agora, o Paraná terá cerca de um mês para se preparar e focar na grande aposta pra temporada, que é o acesso pra Série B. Certo é que a casa terá que ser muito bem arrumada nestes próximos dias com a chegada de um novo comandante.
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