E agora, Tricolor?

Paraná Clube busca uma reação cada vez mais improvável

Torito González na marcação. Era esse o objetivo do Tricolor. Mas não deu certo. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

E agora, Paraná Clube? O Campeonato Brasileiro está entrando na sua reta final e o Tricolor não consegue mostrar sequer um esboço de reação que permita sonhar com uma espetacular fuga do rebaixamento. Cada vez mais longe dos rivais na ZR, e vendo os times reagirem, cada um a seu modo, o Paraná se vê caminhando para a degola sem demonstrar poder de mudar essa história.

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Foi simbólico o final do jogo de sábado, a derrota para o Grêmio por 2×0 em Porto Alegre, a 11ª partida sem vencer. O time já havia feito as três alterações quando Júnior se lesionou e saiu do campo. Nos instantes finais, Rayan sentiu a coxa. Não dava para sair, o Tricolor ficaria com nove contra onze. Ele seguiu, descontado. Mas o time gaúcho pareceu se compadecer com os visitantes, parou de atacar, ficou trocando passes até sofrer uma falta que acabou sendo o último lance da partida. Batidos, os visitantes não tinham o que fazer.

Igor acabou cometendo pênalti em Alisson. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Igor acabou cometendo pênalti em Alisson. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Assim como ficara claro que não havia muito mais a ser feito que evitar uma derrota na Arena do Grêmio. Mesmo diante dos reservas do time adversário, o Tricolor se preparou para não perder. Com Torito González, Leandro Vilela, Alex Santana e Caio Henrique no meio-campo, o que já é difícil – chegar no ataque – ficou quase impossível. Nadson tentou muito, até arrancou uma ou outra jogada, mas era muito pouco. Os gaúchos tiveram o controle da partida o tempo inteiro, sem exceção.

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O gol parecia uma questão de tempo desde os 15 minutos da primeira etapa. Essa sensação de situação irreversível foi sendo levada até Douglas marcar de pênalti, já no segundo tempo. E depois Juninho Capixaba ampliou. Não houve reação, não havia o que fazer. Mas outra partida era perdida e o tempo vai passando sem piedade.

Faltam agora 13 rodadas. Os próximos dois jogos serão em Curitiba, primeiro o clássico com o Atlético na Arena da Baixada e depois o Vasco na Vila Capanema. Para pensar em fugir do rebaixamento, a obrigação paranista é vencer os dois jogos. Só que a situação é tão terrível que mesmo com seis pontos o Tricolor sequer deixa a lanterna do Campeonato Brasileiro. Será preciso muito mais, uma campanha histórica, um aproveitamento de título – não de título qualquer, mas tipo um daqueles que o Cruzeiro ganhou com muita antecedência.

Não se pode mais contratar, Claudinei Oliveira acabou de chegar com o bonde andando, e dirigentes não colocam a própria pele em jogo. Assim, restou Rodrigo Pastana, que estava há tempos com a cabeça a prêmio e acabou sendo dispensado no sábado. Marcos, ídolo e já integrante do departamento de futebol, assume o comando e pode injetar um pouco de “paranismo” no elenco, que não pode ser mexido.

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Há que acreditar. Há que pensar que enquanto a matemática permitir, o Paraná pode seguir sonhando em continuar na primeira divisão em 2019. Mas só a matemática não salva. Só o sonho não garante. Será preciso fazer em campo o que não foi feito em toda a temporada. Só foram oito vitórias neste ano. Oito, só uma delas fora de casa. No final, os números que salvam também deixam a situação com aquela cara de irreversível. E agora, Paraná Clube?

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