No sufoco

Paraná Clube apresenta mesmos erros, mas na raça consegue classificação

Jogadores do Paraná Clube comemoram gol de Alemão. Tricolor sofreu, mas pode ter virado a chave em 2018. Foto: Ale Vianna/Estadão Conteúdo

Foi na base do sufoco. E com uma pitada de sorte. Mas o Paraná Clube voltou de Minas Gerais com a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil na bagagem. O gol que garantiu a vaga veio só aos 47 do segundo tempo, quando Alemão aproveitou a sobra e chutou. A bola bateu no travessão, nas costas do goleiro do URT e morreu no fundo das redes, definindo o placar em 1×1, na noite de quinta-feira (1), no estádio Zama Maciel, em Patos de Minas.

Um resultado importantíssimo para os cofres do Paraná Clube, que ganha quase mais R$ 1 milhão para jogar a próxima fase, mas também para tentar embalar o time, que vem sofrendo neste início de temporada. Contra os mineiros, o Tricolor voltou a errar, cometeu muitos erros, na frente e atrás, e por pouco não teve que amargar mais uma derrota.

É bem verdade que o segundo tempo foi quase todo paranista, principalmente nos últimos 20 minutos, quando virou um verdadeiro ataque contra defesa. Mas o que se viu na primeira etapa preocupou os torcedores. Um time apático, que era facilmente desarmado e quando era atacado parecia não conseguir fechar os espaços.

Tanto que levou o gol logo aos cinco minutos. Na tentativa de tirar a bola do adversário, Charles desarmou, mas a bola sobrou para Ewerton Maradona, que chutou forte e marcou um golaço. Lance que mudou o duelo logo de cara.

Por jogar fora de casa, o Paraná Clube tinha a vantagem do empate. Ou seja, na teoria, podia cozinhar mais a partida, enquanto a URT tinha a obrigação de partir para cima. Com o gol logo no início, os papéis se inverteram. E foi aí que o time paranista encontrou dificuldades.

O Tricolor tentava de todas as formas chegar à área do adversário, mas os erros de passes e, principalmente, finalizações, deixaram a equipe apática. Os mineiros, por sua vez, pareciam ter mais facilidades diante da marcação do Paraná Clube, que seguia sofrendo.

Só no segundo tempo que a coisa melhorou. Melhor posicionado, o Tricolor foi para cima. O técnico Wagner Lopes também abriu mão da marcação. Primeiro largou o segundo volante para colocar mais um meia, trocando Leandro Vilela por Gabriel Pires. No final, ficou sem mais um volante, sacando o estreante Wesley Dias para colocar Vitor Feijão. Na base do abafa, a todo o momento chutes de fora da área e cruzamentos eram vistos. Sem organização e mais na vontade e no tudo ou nada.

Até que veio o gol salvador. Nos mesmos moldes de 2017, quando, na ocasião, Renatinho fez o gol nos acréscimos, que garantiu o empate em 1×1 com o São Bento e a classificação para a fase seguinte na Copa do Brasil. Resta saber se a sequência paranista em 2018, dentro e fora de campo, seguirá o mesmo perfil. De qualquer forma, o time sabe que ainda tem muito o que melhorar.

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