Em plena reformulação, o elenco do Paraná Clube conta, atualmente, com apenas 30 jogadores. E diante de um grupo enxuto, entre aqueles remanescente, os que chegaram e os que ainda não têm condições de jogo, o técnico Wagner Lopes poderá testar os atletas em posições diferentes das de origem. Essa, aliás, é uma característica do treinador.
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“Esse negócio de primeiro e segundo volante é relativo. O Leandro Vilela, por exemplo, iniciou a pré-temporada ano passado jogando aberto pela direita, um meia-atacante. O Wagner teve a ideia de colocá-lo de primeiro volante e foi, talvez, o melhor de toda a Série B”, lembrou o executivo de futebol do Tricolor, Rodrigo Pastana, quando questionado como o volante recém-contratado, Torito González, se encaixaria no elenco.
E na primeira passagem pelo time paranista, Wagner Lopes foi muito bem sucedido nessas ‘improvisações’, algo que se tornou comum e também necessário diante de problemas que apareciam ao longo dos jogos de Primeira Liga, Campeonato Paranaense e Copa do Brasil.
Um dos exemplos é o zagueiro Rayan. O jogador até começou 2017 como titular, mas perdeu espaço para a dupla Eduardo Brock e Airton, mas passou a ser utilizado em outra função. Com apenas Igor na lateral-esquerda, uma vez que Kaike estava machucado, ele viu no defensor uma arma para reforçar o poder de marcação pelo lado esquerdo. Com isso, ele passou a ser usado em outra posição, onde terminou o ano como titular.
Na reta final da Série B, diante da queda de produção do Paraná Clube na briga pelo acesso, o então técnico Matheus Costa mexeu no time e sacou Igor, optando por Rayan.
Outra mudança de posicionamento feita com sucesso foi com Alex Santana. Quando estava disputando a Série C pelo Guarani, em 2016, ele era um armador, quase fazendo a função de um camisa 10, inclusive disputando posição com Renatinho. Mas por ter qualidade no passe e também na marcação, Lopes viu nele uma opção para um segundo volante moderno, onde ele se destacou a ponto de ser chamado para voltar ao Internacional, onde não deu certo e foi emprestado em 2018 mais uma vez para o Tricolor.
Agora, a situação deve mais uma vez se repetir com os reforços. O volante paraguaio Torito, apesar de se descrever como um segundo volante, confia no que o treinador possa reservar para ele. “Sou um segundo volante, porém mais de sair para o jogo, e agora é trabalhar para ver onde o treinador vai precisar de mim”, afirmou o jogador.