Daqui 20 dias o Paraná Clube fará sua estreia oficial na temporada. No dia 25 de janeiro, o Tricolor estreia na Primeira Liga, diante do Avaí, na Vila Capanema. Pouco tempo de preparação, dentro de campo, uma vez que o elenco está se conhecendo, e também vai conhecer a forma de trabalhar do técnico Wagner Lopes, mas, principalmente, fora dele.
Apesar de já ter contratado cinco jogadores, e outros três estarem bem encaminhados, o Tricolor ainda não definiu todo o seu orçamento para 2017. Muito por conta de fatores externos, como o fato de o Campeonato Paranaense ainda não ter contrato sobre direitos de transmissão para a televisão. Ou seja, neste momento, o clube não pode contar com este dinheiro.
“Ainda temos algumas questões estatuárias a cumprir, o orçamento de 2017 ainda não foi aprovado pelo conselho, mas temos que trabalhar com a realidade financeira que o clube tem no momento. O investimento vai depender muito do retorno que tivermos com o futebol. O processo de reestruturação passa em usar no futebol aquilo que é gerado no futebol”, afirmoi o presidente Leonardo Oliveira.
O objetivo é não acumular dívidas e contas que não sejam ligadas diretamente ao futebol. Isso já vem sendo planejado desde 2015, quando o grupo Paranistas do Bem assumiu, com Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, como presidente. De lá pra cá, os resultados continuam não vindo e os problemas financeiros continuam aparecendo, como no final de 2016, quando salários atrasaram, culminando na saída do meia Nadson, por exemplo, que entrou na Justiça por não ter recebido por três meses, entre outros acordos não cumpridos.
Mesmo assim, o presidente paranista não vê sua gestão, que iniciou oficialmente em dezembro de 2015, como negativa, uma vez que a prioridade foi saldar dívidas mais antigas e que geravam um rombo maior aos cofres.
“O processo de reconstrução acontece desde maio de 2015, quando assumimos o clube. O clube vinha em um processo muito ruim e uma tendência muito ruim até aquele momento. Se não fosse a participação de conselheiros e torcedores, o clube corria o risco de não sobreviver. De lá pra cá ele vem evoluindo. Tivemos que pagar uma dívida de R$ 37 milhões e dentro disso, mesmo com resultados ruins, não considero uma má gestão”, completou o dirigente.